A disputa pela prefeitura de Salvador ficou mais acirrada e polarizada entre os candidatos ACM Neto (DEM) e Nelson Pelegrino (PT), de acordo com a pesquisa do instituto Ibope divulgada no último dia 13, é vista com otimismo pelo governador Jaques Wagner. "Nelson Pelegrino tem crescido bastante e o candidato do DEM, na minha opinião, vem perdendo fôlego", disse o governador em entrevista ao blog Pimenta.
Ainda em entrevista ao blog, o petista comentou sobre as eleições e reflexos eleitorais do julgamento do Mensalão, no Supremo Tribunal Federal (STF). "Eu estava dizendo que houve julgamento do povo. O episódio do Mensalão já foi público. Em 2005, 2006, teve gente cassada ou que renunciou para não perder o mandato… Na minha opinião, o impacto maior se deu naquela época. Nós já tivemos as eleições de 2006, 2008 e 2010. Algumas pessoas se desestimularam em relação ao PT, mas, pelo desempenho nas eleições, eu diria que não foi um golpe como a oposição gostaria que fosse. Até porque, se o PT tem erros, e seguramente tem, os outros não estão isentos", colocou.
Wagner também fez disparos à Revista Veja pela postura de “partido político”, segundo ele, assumida pela publicação da Editora Abril, quando se trata do nome do ex-presidente Lula. "Olha, a Revista Veja, ultimamente, tem se transformado quase que num partido político, como já aconteceu em outros países democráticos como Inglaterra, Estados Unidos. Alguns órgãos de imprensa esquecem de que a imprensa tem direito a ter sua opinião – e nós defendemos a liberdade de imprensa, mas tem momentos que ela assume uma posição e se contamina até diante da sociedade. A tentativa, na minha opinião, é absurda. Eu fui ministro que cuidava de toda aquela questão à época do Mensalão. Eu era o articulador político do presidente Lula… No dia que estive em São Paulo, estava saindo a revista e eu disse “posso garantir que o presidente nunca se encontrou com Marcos Valério nem no Palácio do Planalto nem no Alvorada ou na Granja do Torto”, colocou.
Foto: Roberto Viana // Bocão News
