Política

A intercessão entre a Fé e a Política

Publicado em 24/11/2010, às 18h59   Tiago Martins



* Tiago Martins

Política e Religião há muito tempo vêm se misturando. Na Câmara Municipal de Salvador, há algumas legislaturas possui sua bancada evangélica, o que se repete na Assembléia Legislativa, Câmara Federal e Senado. Já é rotineiro no período eleitoral ter candidatos do Alto Clero das Igrejas Protestantes, como por exemplo, o Bispo Crivella (senador pelo PRB/RJ) e o Pastor Luciano (PMN) que é vereador de Salvador.

Porém, a grande novidade é à entrada da Igreja Católica, que ultimamente vem atuando na defesa dos valores cristãos na política, opinando em temas como o Aborto e a Ficha Limpa. Na campanha presidencial de 2010, o próprio Papa Bento XVI sugeriu que os bispos católicos orientassem seus fieis nas eleições, de forma a preservar os valores morais, os preceitos doutrinários da Igreja Católica Apostólica Romana.

O padre Manoel Filho, coordenador de Comunicação da Arquidiocese de Salvador, em seu artigo “A dimensão política da fé”, publicado no Jornal ATARDE no dia 19 deste mês, veio muito claramente demonstrar que a ligação entre a Política e a Religião é muito mais antiga que a Proclamação da República do Brasil, trazendo fatos do Império Romano, do hinduísmo através de Gandhi, de Martin Luther King que era Pastor Protestante e do Bispo Anglicano Desmond Tutu que não permitiram que a “fé fosse alheia a dimensão política da existência”.

Findando o ano eleitoral de 2010, o mundo político começa a se preocupar com as próximas eleições municipais. E, se a eleição de 2008 trouxe o Bispo Marcio Marinho (IURD) como candidato á vice-prefeito, além do próprio prefeito João Henrique e do deputado Walter Pinheiro como candidatos e representantes da Igreja Batista, não haveria de se estranhar que em 2012 a Igreja Católica pudesse participar mais efetivamente do processo eleitoral.

* Tiago Martins é pedagogo e membro do PTN

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