Política

Padrinhos petistas atuam nos bastidores da UPB

Publicado em 21/11/2012, às 10h58   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)


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O prefeito reeleito de Santo Amaro da Purificação, Ricardo Machado, é o representante petista na disputa pelo comando da União dos Municípios da Bahia (UPB). A prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria (PSB) e o de Santo Estevão, Orlando Santiago (PSD) já saíram na frente e já costuram apoio há mais tempo. A eleição acontece no dia 23 de janeiro.

A entrada de Machado na corrida pela sucessão de Luiz Caetano (PT) expõe uma divergência petista e pode ser considerada uma das primeiras “batalhas” internas da legenda. O prefeito de Santo Amaro é membro cativo do grupo liderado pelo chefe da Casa Civil, Rui Costa, enquanto o atual presidente da entidade lançou a candidatura de Maria Quitéria, sua vice na atual administração. Os dois – Caetano e Rui Costa – são possíveis candidatos ao governo do estado em 2014.

Santiago, ex-presidente e ex-PFL, conta com o apoio de Otto Alencar, como já anunciado por este site.
A presidência da UPB é considerada estratégica, mas objetivamente não tem colaborado na consolidação política daqueles que a ocuparam. No entanto, no atual cenário político baiano e brasileiro, a entidade tende a ter, pelo menos, mais visibilidade e ganha importância.

Diante da necessidade de travar as “guerras” fiscais com a União e o Estado para defender os interesses dos municípios, o próximo presidente não terá vida fácil. O discurso sobre o novo pacto federativo perde força enquanto proselitismo e as ações práticas passam a ser consideradas fundamentais.

O tempo é de mudança. Quem sentar nesta cadeira pode capitalizar politicamente a conquista de benefícios históricos para as gestões municipais que, com a corda no pescoço, têm acompanhado reprovação de contas por não cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Os conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) atuam em acordo com o que determina a regra, mas os prefeitos manifestam a dificuldade de cumprir os índices de aplicação em Educação (25%) e Saúde (15%), além de não ultrapassar o limite de 54% com a contratação de pessoal. Para além, ainda existem as “batalhas” pelos repasses de ICMS e Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

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