Política

Uma “bomba-especial” na Câmara de Salvador em 2013

Publicado em 29/11/2012, às 13h36   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)



O vereador Alcindo da Anunciação (PT) teve 5.657 votos nas eleições municipais de outubro, e não conseguiu se reeleger na Coligação Todos Juntos por Salvador. Mas, depois da sessão ordinária desta quarta-feira, surgiu uma luz no fim do túnel para o vereador conhecido como “homem-bomba” da Câmara Municipal por causa das entrevistas polêmicas e das obstruções nas votações da Casa.

O “homem-bomba” do Legislativo da capital foi convidado oficialmente pelo vereador Alan Castro, em nome da bancada do PTN, composta por seis vereadores, para ser um assessor-especial do partido.

“Foi uma pessoa que nos ajudou e agora, que ele não se elegeu, vamos ajudar ele. Todos nós do PTN acertamos isso e ele será contratado com nosso assessor especial. Ganhará, inclusive, o mesmo salário de um vereador”, explicou Alan Castro.

A pedra no sapato do neo-petista é que, como integrante do Partido dos Trabalhadores, ele poderia assessorar a bancada e outro partido? Alcindo não vê problemas. “Dá para conciliar. Ajudei muito o PTN na época em que estruturei o bloco independente na Câmara. Agora eles estão retribuindo. Irei aceitar, também, porque existe uma grande chance de eu, como terceiro suplente, assumir em 2014. Como já estarei por aqui mesmo, será mais fácil”, declarou.

Se Alcindo não vê problemas, a presidente do diretório municipal do PT, Marta Rodrigues, vê. E muitos. Questionada sobre a compatibilidade das funções de filiado ao PT e assessor-especial do PTN a petista foi incisiva. “Ele só pode estar e brincadeira. Pensei que era brincadeira. São coisas tão absurdas que eu prefiro nem comentar”, afirmou.

Obstrução

Na sessão desta quarta, o homem-bomba voltou a obstruir a sessão. Alcindo da Anunciação “emperrou” a aprovação de projetos revoltando boa parte dos vereadores da Casa. Andrea Mendonça, por exemplo, retirou a marcação de presença do painel e saiu mais cedo por causa das ações de Alcindo.

Já Moisés Rocha (PT) comentou a possibilidade do petista ocupar um novo cargo a partir da próxima legislatura. “Pelo menos, como assessor-especial, ele não vai ter direito a votos e não vai poder obstruir as sessões”.


*Matéria publicada originalmente às 18h39 do dia 28/11.

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