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Linha Viva: "Temos responsabilidade", afirma consultor do projeto

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Em visita ao Bocão News, Paulo Peixoto esclareceu pontos em discussão  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 04/12/2012, às 14h00   Caroline Gois (twitter: @goiscarol) e Redação Bocão News (@bocaonews)


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O projeto Linha Viva, que se tornou polêmico quando foi apresentado na Câmara de Vereadores, ainda é dúvida e desconfiança para a população que acompanha o desenrolar desta obra - prevista para ser inicada já em 2013 e com pelo menos dois anos e meio para ser concluída. "O traçado é muito claro e transparente. Temos dez conexões com vias principais e secundárias. Temos responsabilidade com o projeto", afirmou ao Bocão News, um dos consultores do Linha Viva, que está no projeto desde o princípio, Paulo Sérgio Peixoto, da TTC Engenharia de Tráfego e de Transporte Ltda, empresa vencedora da licitação promovida pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Transportes e Infraestrutura (Setin) e Superintendência de Conservação e Obras Públicas de Salvador (Sucop).

Peixoto fez questão de explicar que a desapropriação será de 3 milhões e 300 mil m² e que bairros como Saramandaia não irão desaparecer. "O que divulgam leva a uma incerteza para os moradores. O projeto não é novo. Surgiu em 2009, foi apresentado em 2010 e há cinco meses foi materializado", disse.



A Linha Viva é uma via estruturante, planejada como uma opção alternativa de tráfego para a Avenida Luis Viana Filho (Paralela), ligando o centro ao Complexo Viário 2 de Julho, próximo ao Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães. Pelos estudos, estima-se que a Linha Viva captará 40% do fluxo de veículos da Paralela.

Para percorrer os seus quase 17,7 Km, o motorista levará aproximadamente 15 minutos. Serão três faixas de tráfego expresso em cada sentido, com capacidade de 2.200 veículos em cada faixa, por hora, além de dez conexões através de alças e rampas com as principais avenidas do entorno. Outras 20 travessias transversais, através de viadutos e passagens inferiores, serão construídas sem interligação direta com a via expressa.



O projeto foi elaborado pela TTC Engenharia de Tráfego e de Transporte Ltda, empresa vencedora da licitação promovida pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Transportes e Infraestrutura (Setin) e Superintendência de Conservação e Obras Públicas de Salvador (Sucop). Os investimentos previstos serão de R$ 1,5 bilhão.

O projeto começou a ser desenvolvido em 2010 e, desde então, seguiu todo curso para seu desenvolvimento, desde os estudos preliminares, a licitação para contratação da empresa responsável, os levantamentos e sondagens, até a elaboração técnica de engenharia. Por acompanhar o linhão, em área altamente antropizada e com baixa densidade
demográfica, a obra carrega o diferencial de não interferir no cotidiano da cidade. Pelas características, será uma obra rápida e com baixo impacto ambiental.

A discussão

Em novembro, representantes da sociedade civil organizada, com o apoio dos vereadores Gilmar Santiago (PT), Marta Rodrigues (PT), Aladilce Souza (PCdoB) e do vereador eleito Everaldo Augusto (PCdoB), impediram a realização audiência pública que debateria o projeto da Linha Viva.

O repórter do Bocão News, Marivaldo Filho, acompanhou toda a sessão e registrou que enquanto o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente, Paulo Damasceno, e a representante da Secretaria Transporte e Infraestrutura de Salvador, Ivone Valente, tentavam iniciar o debate público, os populares começaram a gritar e impediram a realização do debate. “O povo unido. Jamais será vencido”, cantavam.



Ainda segundo a matéria,  o vereador Gilmar Santiago (PT) disse em alto e bom som que a prefeitura foi comprada e está atendendo exclusivamente aos interesses dos empresários. “Estão vendendo a cidade. Temos que planejar quais serão ações que faremos para barrar esse projeto. Não vamos aceitar essa farsa. O secretário Paulo Damasceno está tentando ler e legitimar essa ata que inventaram para tentar legitimar esse factóide”, declarou o petista.

“Isso que eles estão tentando fazer é o maior dos absurdos. Não deram direito a população o direito de achar bom ou ruim esse projeto. Simplesmente não discutiram e o povo não conhece o projeto”, afirmou a vereadora Marta Rodrigues ao repórter.

Sobre a validade da audiência, o vereador Everaldo Augusto foi enfático. “Isso nunca foi uma audiência pública, pareceu mais um circo”, diagnosticou o comunista. Já com relação á postura adotada pelos vereadores, o consultor Paulo Peixoto disse que "ninguém nunca nos procurou para falar sobre o projeto e nos dizer porque são contra. Eles pçodiam vir com uma solução, mas só criticam", disse.

Peixoto frisou que os benefícios da Linha Viva são enormes e que "é importante que tanto a população quanto os políticos conheçam todo o projeto".


Fotos: Roberto Viana// Bocão News

Classificação Indicativa: Livre

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