Política

A tríade do PDT busca espaço na Bahia

Imagem A tríade do PDT busca espaço na Bahia
Partido quer ampliar a participação na gestão, quer a Alba e o governo em 2014  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 06/12/2012, às 18h12   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)*


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O secretário estadual de Relações Institucionais (Serin), Cezar Lisboa continua a sua jornada em busca da harmonização da inchada base aliada ao governador Jaques Wagner. Na última quarta-feira (6), os dois se reuniram com os 46 prefeitos eleitos do PDT.

A conversa foi administrativa, garantem os participantes. Wagner foi se colocar à disposição dos novos administradores assim como fez com os próprios petistas e com os eleitos pelo PSD. Mas o pano de fundo é um pouco mais complexo.

O PDT passa por um momento de disputa interna conturbado. Nos bastidores corre que o atual presidente Alexandre Brust perdeu força e deve ser substituído. O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo e o deputado federal Felix Mendonça são os mais cotados para assumir.

Nenhum deles fala abertamente sobre o assunto. No entanto, comenta-se que Brust tem o respeito dos correligionários por ter construído sua vida pública dentro dos preceitos do partido, mas que a hora é de preparar o solo para o futuro. O PDT, neste sentido, precisaria de alguém mais arrojado à sua frente.

Ao mesmo tempo, o “partido que mais cresceu na base”, como Brust se refere ao PDT, foi o primeiro a se manifestar quanto à sucessão de Wagner em 2014. Pouca gente acredita que Nilo levará às últimas consequências, mas até o momento foi ele o único quadro de um partido aliado a dizer: quero ser governador.

Neste meio de campo conseguiu viabilizar o provável e inédito quarto mandato como presidente do Poder Legislativo baiano. Ao PT coube apoiá-lo e tentar condicionar a “parceria” com o desenho de 2014. Ninguém sabe se vai colar.

As consequências de uma possível derrota na disputa pelo comando da Alba não poderiam ser ignoradas. O partido elegeu mais prefeitos que qualquer outro no estado, mas o gosto da derrota em Salvador ainda permanece incólume.

À Tribuna da Bahia, o presidente Alexandre Brust garantiu que o governador não tratou de espaços na administração. No entanto, o partido já cobrou publicamente ampliação da participação na gestão.

Wagner também não soltou nota ou coisa que o valha sobre eventuais mudanças nos quadros do estado, mas dando um recado claro, disse aos prefeitos eleitos do PDT no encontro de ontem: escolham bons secretários.

Matéria originalmente publicada às 09h20 do dia 06/12.

Classificação Indicativa: Livre

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