Dilma rebate revista: governo brasileiro não será influenciado
Publicado em 07/12/2012, às 16h59 Redação Bocão News
compartilhe:
A presidente Dilma Rousseff rebateu nesta sexta-feira a revista britânica especializada em economia The Economist, que sugeriu que a presidente demitisse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pelo baixo desempenho da economia brasileira, que cresceu 0,6% no 3º trimestre do ano.
"Não tenho nenhum senão a dizer sobre qualquer jornal falar o que quiser. Só quero me manifestar que em hipótese alguma o governo brasileiro eleito pelo voto direto e secreto vai ser influenciado por uma opinião de uma revista que não seja brasileira", disse.
"E acho que não é correto também pelo seguinte: não vi, diante dessa crise gravíssima pela qual o mundo passa com países tendo taxas de crescimento negativas, escândalos, quedas de bancos, quebradeiras, nunca vi nenhum jornal propor a queda de um ministro", acrescentou a presidente.
Dilma afirmou que a situação dos países desenvolvidos é pior frente ao cenário de crise. "Nenhum banco como o Lehman Brothers quebrou aqui. Nós não temos dívida soberana. A nossa relação dívida/PIB é de 35%, a nossa inflação está sob controle, nós temos US$ 378 bilhões e tudo isso se dá porque os juros caíram no Brasil", afirmou a presidente.
"Nós estamos crescendo a 0,6% e iremos crescer mais no próximo trimestre. Então a resposta é de maneira alguma eu levarei em consideração essa, diríamos, sugestão. Não vou levar", concluiu.
Entenda
A revista The Economist afirmou nesta quinta-feira que se a presidente Dilma Rousseff quiser ter um segundo mandato, terá que demitir o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e trabalhar com outra equipe econômica. Segundo a publicação, dois anos atrás, quando Dilma foi eleita presidente do Brasil, a economia do País estava crescendo e agora ela está tão paralisada que não está conseguindo lutar para se recuperar.
Segundo a publicação, apesar dos esforços "frenéticos" do governo para estimular a economia, ela cresceu apenas 0,6% no trimestre, metade da previsão do ministro Guido Mantega. A maioria dos analistas de mercado espera agora que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) seja inferior a 1,5% este ano e não muito superior a 3% no próximo ano.
Conforme a revista, os motores de crescimento do País na última década desapareceram e os preços das exportações de commodities, embora ainda elevados, não são mais crescentes.
Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa
Política de Privacidade e, ao continuar navegando,
você concorda com essas condições.