Política

"Tudo conversa mole", Geddel alfineta Marcelo Nilo

Publicado em 21/01/2013, às 09h52   Adelia Felix (Twitter: @adelia_felix)


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O cacique do PMDB baiano, Geddel Vieira Lima, crítico ferrenho do governo de Jaques Wagner, foi o entrevistado do radialista Mário Kertész nesta segunda-feira (21). Na oportunidade, ele teceu críticas contra o ex-prefeito de Salvador, João Henrique (PP), declarando que cometeu um erro ao fazer aliança com o atual pepista: “Ele engana as pessoas, dissimulado, sem compromisso com ninguém, não garante nada. Fez um governo desastroso com focos de corrupção graves. Nós nos afastamos, ficamos decepcionados sim. Vamos parar com essa história de que a gente não pode cometer equívocos. Eu cometi um erro, fui iludido”.

Como de costume, o governador Jaques Wagner também não escapou dos disparos feitos pelo peemedebista: “o governador não é aquele gestor que imagino para nossa terra quando a gente precisa defender os interesses do estado. Ele defende os interesses do partido e do seu legítimo projeto pessoal que estão acima do projeto da Bahia. Não vejo o governador brigar pelas causas da Bahia
[...] sete anos e de concreto eu continuo vendo muito pouco, a não ser as promessas que vão para TV e não estão prontas ainda. É muito pouco para um governador que priva da intimidade com a presidente Dilma Rousseff e que privou de intimidade com o ex-presidente Lula”.

Questionado por um ouvinte, se ele receberia o apoio de ACM Neto (DEM) - prefeito de Salvador que teve apoio da legenda no segundo turno nas eleições de outubro do ano passado-, o ex-ministro disse que quer ser candidato nas eleições de 2014, mas que não espera o apoio:  “não é esse tipo de compromisso, de conversa. Eu desejo ser candidato mas não atropelo ninguém. Não tenho essa ideia fixa”, disse ressaltando que pode ocorrer uma possível união com o prefeito democrata. O apoio dado a Neto e as especulações de que perderia o cargo na Caixa, também foi assunto tratado na ocasião. "Ela [Dilma] me nomeou pelo apoio que dei a ela em 2010 e não ficou condicionado que teria que apoiar o PT nas últimas eleições. Trabalho de forma séria e a militância política é outra coisa. Evidentemente, não tenho cargo, o cargo é dela. E quando ela achar qualquer coisa, ela vai me exonerar", explicou.


Durante a entrevista, Geddel Vieira Lima, deixou claro que para ele o cenário eleitoral para 2014 na base governista está indefinido. Segundo o líder do PMDB, não é automática a possível chapa encabeçada pela presidente Dilma Rousseff com o atual vice Michel Temer, presidente licenciado do PMDB: "tem movimentações de Pernambuco, têm internas do PMDB. Minha posição nacional é seguir a decisão majoritária do partido, mesmo que não concorde com ela".

O vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa que pode estrear como comentarista da Rádio Metrópole, alfinetou o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Marcelo Nilo (PDT) e afirmou que trabalha para ser candidato nas eleições de 2014: “tem entrevistado que vem aqui em seu programa e diz “eu só vou ser candidato se o governador me apoiar”. Tudo conversa mole. Eu não serei empecilho para ninguém. Tem muito para ser feito”, colocou acrescentando que pode até apoiar um nome na campanha de 2014.



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