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Semps com R$ 25 milhões em caixa: "Não temos local para internamento"

Imagem Semps com R$ 25 milhões em caixa: "Não temos local para internamento"
Maurício Trindade revela falta de gestão nos últimos anos e critica JH  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 30/01/2013, às 12h50   Caroline Gois (twitter: @goiscarol)


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O secretário de da Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), Maurício Trindade, fez uma balanço dos últimos oito anos da gestão João Henrique, criticou o pepista e revelou uma realiadde nada animadora para a capital. "Já fui em Brasília e estamos prestando contas. Queremos aplicar tudo que temos para as nossas necessidades. Nós não temos local para internamento. Precisamos fazer abrigos, colocar o Bolsa Família para funcionar e tirar a 'meninada' da rua", disse o secretário em entrevista concedida ao apresentador Zé Eduardo, no Programa do Bocão da Rádio Sociedade, na manhã desta quarta-feira (30).

Segundo Trindade, o maior problema da cidade é o crack, "e apesar de não ser da área do Combate à Pobreza iremos dar apoio", disse, reafirmando que, atualmente, não seria possível aplicar em Salvador o internamento compulsório já que, "não existem locais para isso. Não houve gestão com João Henrique. Ele abandonou a cidade", afirmou.



Trindade fez fortes críticas aos ex-secretários da pasta na era JH, entre eles estão o deputado federal Antônio Brito (PTB), atual presidente da Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas na área de saúde. "Nos últimos quatro anos tivemos quatro secretários. A pasta estava abandonada e não se gastou. Temos milhões no caixa. Chega a R$ 25 milhões", revelou o secretário.

Uma das prioridades da pasta é acabar com o problema que levou os moradores de rua a saírem de suas casas. Para Trindade, o importante é descobrir o motivo que os tornou moradores de rua "e faremos isso a partir de uma visão mais implantada. Na nova prefeitura não haverá esta ação de levar os moradores para o abrigo. Vamos ajudá-los a ter aquilo que desencadeou a saída deles de casa. Se foi a droga, vamos tratar. Se foi a falta de emprego, vamos dar um jeito nisso. Queremos disponibilizar 10% das vagas de emprego para presidiários e moradores de rua", ressaltou.

Maurício Trindade aproveitou a oportiunidade para alertar a população que seja contra a prática de dar esmolas. "Dê comida, ofereça uma vaga de trabalho. Mas, evitem dar esmola. Isso leva à compra de drogas. Temos que evitar dar a eles esta chance ao consumo", disse.

Ações

A Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) está usando novas câmeras instaladas no Centro de Salvador para monitorar a população que vive na rua. A ideia é evitar delitos e observar o uso abusivo de drogas que se enquadra nos casos de internação compulsória previstos em lei. O órgão busca trabalhar de forma integrada com o governo do Estado da Bahia, buscando melhores condições à saúde pública de Salvador. O videomonitoramento já começou.

A ideia é captar ações da população de rua em tempo real. O projeto utiliza  42 câmeras de alta resolução da Companhia de Governança Eletrônica de Salvador (Cogel). Dados da Prefeitura Municipal de Salvador indicam que existem 3.200 pessoas morando nas ruas. Com a utilização das câmeras, a demanda dos centros de acolhimento deve crescer. O secretário Maurício Trindade  anunciou a construção de dez casas de passagem. Cada uma terá 50 vagas. Ele também prevê a criação de 19 abrigos institucionais e cinco repúblicas.

Postada às 10h50 do dia 31/01.

Foto: Bocão News

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