Política

Dirigentes petistas querem trabalhar candidato a partir de junho

Imagem Dirigentes petistas querem trabalhar candidato a partir de junho
Executiva se reuniu na última terça-feira para discutir sucessão e eleição interna  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/02/2013, às 08h52   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)


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A Executiva estadual do PT realizou uma reunião ordinária na última terça-feira (19). Na pauta dois temas que movimentam o partido em 2013: o Processo de Eleição Direta (PED) e a sucessão do governador Jaques Wagner.

As lideranças falam em construção de consenso, contudo, a conta não fecha e o que se ventila é a disputa explícita entre as correntes e tendências internas. Cada uma com suas particularidades e interesses.

Ainda assim, o estreante em encontros da Executiva, lidera da bancada petista na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Rosemberg Pinto, acredita que é possível chegar à unidade.

“É necessária a construção de um consenso para uma candidatura única para 2014. A ideia é que isso ocorra até junho”, ressalta. Rosemberg na condição de líder não fala mais em nomes, mas historicamente está ligado ao secretário do Planejamento, José Sérgio Gabrielli.

Na leitura que se faz dentro partido, antecipar para junho uma decisão que pode ser tomada até um ano depois interessa, principalmente, ao próprio Gabrielli, que sem densidade eleitoral precisaria se submeter a uma intensa agenda que o projetasse para o eleitorado.

Mas a urgência também é justificada, segundo Rosemberg, no trabalho que Wagner, principal condutor do processo, terá para dirimir eventuais levantes da inchada base aliada.

Se o PT tem quatro nomes para apresentar – Gabrielli, Rui Costa (Casa Civil), Walter Pinheiro (Senador) e Luiz Caetano (ex-prefeito de Camaçari) –, dentro da base aparecem Otto Alencar (vice-governador), do PSD, Lídice da Mata (senadora), do PSB, e Marcelo Nilo (presidente da Alba), do PDT.

O PP apesar de não apresentar nomes para cabeça de chapa tem interesse de integrar a majoritária. O cenário é complexo. Soma-se a isto, as insatisfações de diversos parlamentares, prefeitos e lideranças que devido à quantidade de aliados acabam escanteados.

PED

Para Rosemberg, é importante o PT harmonizar as questões internas para estabelecer um diálogo mais focado com os partidos aliados. “É ruim para o partido entrar em uma disputa interna no mesmo período em que a grande discussão política gira em torno da sucessão ao Governo do Estado”.

Esta é outra leitura compartilhada por muitos, mas que poucos apostam na realização. Não se fala ainda em bate-chapa, contudo, as organizações ainda estão instáveis e ao que parece muita tensão vai cercar o processo.

Nota originalmente publicada às 17h35 do dia 20/02


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