Alba: diminuição de recesso é visto com desconfiança
Deputados se dizem favoráveis, mas poucos arriscam afirmar que a regra vai mudar |
Publicado em 21/02/2013, às 08h45 Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)
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O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), fez algumas promessas ao assumir, pela quarta vez consecutiva, o centro da mesa do Palácio Luís Eduardo Magalhães. Entre elas, está a de encaminhar um projeto de lei que reduza de 90, em média, para 60 dias o recesso parlamentar.
A reportagem do Bocão News entrevistou alguns deputados a respeito da medida. As opiniões são diversas, mas a maioria acredita que é preciso rever o regimento e diminuir o período. Interessante que todos, sem exceção, afirmam que durante os quase três meses cumprem extensa agenda nas bases.
Contudo, o argumento serve também para justificar as ausências durante a semana nas sessões ordinárias. Um dos parlamentares que levantam a bandeira da manutenção do período é o líder da bancada petista, Rosemberg Pinto.
Para ele, primeiro é importante esclarecer que não se trata de recesso, pois, como noticiado, é neste período que os parlamentares concentram as atividades em municípios do interior. Segundo, continua o petista, o expediente na Casa não é alterado. Os gabinetes funcionam normalmente.
“É um período que não tem sessão ordinária e nem nas comissões. Entendo que não é férias e não tem necessidade de reduzir. Nós trabalhamos mais”, afirma Rosemberg. Outros petistas demonstraram que concordam com o colega de bancada.
O líder do PSD, Alan Sanches, concorda que é um período utilizado para se visitar as bases, mas não compartilha a opinião de que não se deve mexer. Lembra Sanches, que enfrentou uma batalha similar para reduzir o período de recesso quando estava na Câmara Municipal de Salvador.
Em pronunciamento no início dos trabalhos, segunda-feira (18), o vice-líder do bloco formado por PP, PSL e PRB, Cacá Leão também defendeu a redução do período de recesso. O progressista acredita que durante este tempo é possível conciliar as atividades nas bases com as obrigações cotidianas.
Para Cacá, seria interessante diminuir o tempo de recesso até para que as comissões pudessem apreciar os projetos com mais tempo. Acelerando o tramite das matérias na Casa.
Targino Machado (PSC), líder do bloco PSC, PTN e PRP, não acredita que haverá mudança. “Não acredito em Saci, Coelho da Páscoa ou Papai Noel. Não acredito na mudança. Historicamente a Casa tem se posicionado desta forma. Espero que esteja errado e que não permitam que eu seja voto vencido. Sou a favor de corrigir esse equívoco. Os funcionários da Casa não têm este período, por que nós temos”?
Nota originalmente publicada às 18h41 do dia 20/02
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O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), fez algumas promessas ao assumir, pela quarta vez consecutiva, o centro da mesa do Palácio Luís Eduardo Magalhães. Entre elas, está a de encaminhar um projeto de lei que reduza de 90, em média, para 60 dias o recesso parlamentar.(2).JPG)
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