Uma indicação do vereador Isnard Araújo (PR) foi a responsável pela polêmica da sessão desta quarta-feira (7), na Câmara Municipal de Salvador. O descontentamento de alguns edis com a proposta para que o governo estadual implante nas escolas públicas a metodologia de ensino do Colégio da Polícia Militar travou as votações e revoltou o vereador Edvaldo Brito (PTB). Em tom alterado, o ex-vice prefeito de Salvador desabafou. “Eu não sou palhaço. Chegamos aqui cedo, fizemos um acordo, e suspendemos a votação? Todas as 20 lideranças da Casa, por unanimidade, aprovaram o acordo. Agora os liderados mostram que não obedecem seus líderes? Isso é um absurdo. Acho que ganhamos muito para o que produzimos. É um absurdo. Falem o que quiser. A partir de agora, terei muita dificuldade em comparecer à reunião de líderes, já que o acordo não foi cumprido”, disparou.
Quando a votação começou, os insatisfeitos Carlos Muniz (PTN) e Henrique Carballal (PT), começaram a obstruir a sessão. Após os apelos de alguns vereadores, o presidente da Casa Legislativa, Paulo Câmara (PSDB), colocou em votação o prosseguimento da votação dos projetos acordados e que constavam da Ordem do Dia. Os vereadores decidiram suspender a apreciação em plenário e rediscutir os projetos a serem votados na próxima reunião de líderes.
De acordo o líder da bancada do governo, Joceval Rodrigues (PPS), “o não cumprimento da pauta de votação na sessão compromete todo o acordo, inclusive, a votação das contas do prefeito João Henrique, referentes ao exercício financeiro de 2010”.