Presidente de Comissão devolve críticas ao Dia da Mulher
Publicado em 09/03/2013, às 08h01 Terena Cardoso (Twitter: @terena_cardoso)
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A deputada estadual Neusa Cadore (PT), presidente da Comissão de Direitos da Mulher na Assembleia Legislativa, devolveu as críticas contra o Dia Internacional da Mulher. Isso porque, há quem questione os motivos da existência de um dia específico para se lembrar de quem é atuante diariamente na sociedade.
“Tem gente que questiona o Dia da Mulher, mas esse dia nasceu como uma data para fazer memória às mulheres que resistiram buscando melhores condições. Houve o sentimento dessas mulheres que foram queimadas e que lutaram. Já completamos 100 anos de luta. Isso foi um fato... Mas a história é eterna, sempre houve luta das mulheres. Há milênios temos exemplos. Não podemos negar a necessidade de ter o dia, até porque, a cada ano ele vem gerando uma coisa muito interessante. Cada vez que fazemos algo no Dia Internacional, temos mais consciência de pessoas imbuídas nessa causa. Tentamos mais visibilidade e eu não dou conta. Mês de março, todos os dias, em vários lugares, tem atividade para discutir temas. Inclusive, homens, discutindo violência contra a mulher. Isso é bacana, é a sociedade sentindo que é preciso fazer isso. A sociedade está entendendo. Pode haver pessoas que façam esse tipo de comentário contrário, mas não há como negar a necessidade do Dia”, acredita.
A deputada pontuou ainda os trabalhos que vem fazendo como presidente da Comissão. “Como a comissão é permanente temos uma reunião ordenada toda quarta-feira e já estamos na quadragésima. Não existe um único foco. Até porque, hoje, as mulheres têm levantado várias bandeiras. A violência doméstica talvez seja o problema mais grave. É o que denuncia de forma muito crua a desigualdade. 43 mil mulheres foram mortas em Salvador nos últimos anos. Esse é o tema que a gente quer discutir em delegacias especiais e na Assembleia”, afirma.
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