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PMDB e PT? De olho em 2014, Geddel é só elogios a Wagner

Imagem PMDB e PT? De olho em 2014, Geddel é só elogios a Wagner
Cacique pemedebista aproveitou a Arena para mencionar o 'futuro' aliado  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 10/03/2013, às 10h16   Caroline Gois (twitter: @goiscarol)



As movimentações para 2014 estão a todo vapor. Não foi à toa que no início do ano - ferrenho opositor de Wagner, Geddel Vieira Lima, cacique do PMDB baiano, começou a costurar uma possível aliança entre o PT e o PMDB. Apesar de negar o apoio a Pelegrino nas eleições municipais, no âmbito federal os caminhos são outros. “Ainda é cedo para traçar essa engenharia”, admitiu Geddel Vieira Lima (PMDB), em conversa recente com a Tribuna da Bahia.

Por isso, qualquer oportunidade é válida. Na tarde de sexta-feira (8), dia da entrega da Arena Fonte Nova ao governador Jaques Wagner, Geddel aproveitou para postar no twitter: "Passando pela Fonte Nova,e pelas fotografias da parte interna,vemos que a obra esta muito bonita.Parabéns ao Governo da Bahia e a Odeb/OAS" (Sic).



E parece que agora vale mesmo é mirar em 2014. Isso porque a semana não foi boa para Geddel.Também no twiiter, uma postagem curiosa de Geddel chamou a atenção. Ao lado de Bolinha, o bichinho de estimação, Geddel tentou esquecer até a suposta saída do cargo da Caixa Econômica, levantada por um colunista.


Lauro Jardim, da Veja, não perdeu tempo e disparou contra o pemedebista, afirmando que ele pode ser expulso da Caixa e perder o cardo de vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa. De acordo com informações publicadas pelo colunista do Radar Online, Lauro Jardim, "há um ligeiro curto-circuito aceso entre Michel Temer e Geddel Vieira Lima”.
Lauro Jardim diz que Temer e Geddel, "amigos há décadas, acabam se ajeitando", mas Geddel não teria a mesma sorte com a presidente Dilma Rousseff. 
E, para completar, a Caixa perdeu a briga e o martelo foi batido. Na disputa entre o privado e o aliado de Neto, não valeu ser da base e nem tentar flexibilizar a proposta. Quem agaranhou a folha dos servidores da Prefeitura de Salvador foi o Bradesco. O fluxo previsto é de quase R$ 2 bilhões em 2013, só com os recursos injetados para remuneração do funcionalismo. Sendo assim, a prefeitura mostrou autonomia e, desta vez, foi tudo preto no branco e venceu a melhor oferta.
Cenário

O cenário político para o PMDB parece complicado, mas é fato que a sigla possui relação estreita com partidos de oposição, visto o DEM e o PSDB. “Fomos colocados nessa posição pelas urnas”, justificou o cacique. Entretanto, é válido ressaltar que o apoio prestado a ACM Neto (DEM) no segundo turno das eleições municipais não significa uma aliança no futuro. “O PMDB vai trabalhar e tem um projeto de lançar a candidatura própria. Acho que temos, sim, condições de liderar um projeto e, em 2013, vamos estreitar os laços com os partidos que estiverem na oposição ao governo. Em 2014 fazemos uma análise política e decidimos o que fazer”, disse em janeiro em entrevista à Tribuna.

No entanto, há quem estranhe essa relação de ser governo no plano federal e oposição no estadual. O ex-deputado João Almeida, por exemplo, afirmou também à Tribuna da Bahia que “a oposição precisa juntar primeiro quem é oposição”. A afirmativa mostra que os tucanos não estão relativamente cômodos com uma aproximação entre a sigla e o PMDB, apesar de Geddel considerar o PSDB como peça do ‘tabuleiro’ em 2014. “Eu não posso negar que alimento esse desejo de ser candidato a governador. O PMDB tem a legítima ambição de ter candidatura própria. Mas eu não tenho ideia fixa em ser candidato. Quem tem ideia fixa é maluco e eu não sou maluco”, garante.

Sobre as possíveis especulações para 2014, sobra mesmo é bom humor. “Muita água ainda vai rolar. Se soubesse o que vai acontecer em 2014, montava uma tenda para fazer previsões”, brincou a liderança peemedebista.

Sem tanto prestígio com Dilma e com uma semana daquelas, agora, é 'colar' em Wagner - que ao lado da presidente e de Lula viajou para a Venezuela como único governador do país convidado para o funeral de Chavéz e que lá na frente - pode, quem sabe, dá a 'forcinha' para que Geddel garanta o páreo do ano que vem.

Nota originalmente postada às 13h do dia 9

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