Manobra pode ‘melar’ audiência em São Francisco do Conde
Publicado em 14/03/2013, às 06h30 Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
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A audiência que irá acontecer na manhã desta quinta-feira (14) no Fórum Aloísio Teixeira em relação à suposta transferência irregular de títulos eleitorais no município de São Francisco do Conde que teria beneficiado a prefeita Rilza Valentim (PT) pode não ocorrer. Fontes ligadas ao Bocão News denunciaram que o promotor que irá cuidar do caso deverá apresentar um atestado médico que o permita faltar ao compromisso e inviabilize a audiência.
A manobra, segundo as informações, seria para ganhar tempo, já que a juíza Márcia Melgaço irá sair de férias na sexta-feira (15). Por este motivo, a juíza eleitoral de Candeias, Jaciara Borges Ramos, irá assumir a comarca. Segundo denúncias, a juíza tem fortes ligações com a prefeita do município, Rilza Valentim (PT). A nova sessão deverá dar continuidade à que foi realizada no dia 28 de fevereiro e ouviu testemunhas sobre o caso.
A procrastinação da ação é de todo o interesse da prefeita de São Francisco. A defesa da petista, no mês passado, tentou extinguir uma sessão com uma inicial alegando que o principal acusado de ser o artífice do caso, o candidato a vereador con hecido como "Andinho", sequer foi citado na ação como réu. A juíza Márcia Melgaço, porém, ignorou os apelos e seguiu com a ação, que ainda ameaça o mandato de Rilza. Com a magistrada fora, aumentam as chances de que o processo termine em pizza, afirma a fonte.
Jaciara Ramos é acusada pelo Ministério Público Federal (MPF) por conta de “engavetamento” de processos na Cidade das Luzes. Conforme matéria publicada na Folha, o órgão apresentou denúncia contra a juíza, pelo crime de abuso de autoridade. De acordo com a Procuradoria, Jaciara "engavetou" processos para beneficiar duas políticas de Candeias: as ex-prefeitas Tonha Magalhães (PR) e Maria Maia (PMDB).
"A omissão e procrastinação praticada pela denunciada culminaram por macular a credibilidade do Poder Judiciário, frustrando, igualmente, a aplicação da Lei da Ficha Limpa", afirmou o procurador José Cardoso Lopes, autor da denúncia contra a magistrada de Candeias.
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