Política

Nova Redenção: liberada a contratação de pessoal por tempo indeterminado

Publicado em 16/03/2013, às 07h39   Jornal da Chapada



A Câmara de Vereadores do município de Nova Redenção, na Chapada Diamantina, aprovou o Projeto de Lei nº 02/2013, que autoriza a prefeita Ana Guadalupe, a Galega (PSD), a contratar pessoal para trabalhar na prefeitura por tempo indeterminado e sem concurso público. A decisão foi tomada durante uma sessão tensa, realizada esta semana, na sede do Poder Legislativo, com a presença maciça da comunidade.

A polêmica sessão foi debatida e contestada pela bancada de oposição, liderada pelo vereador Ariston Teles (PT), que questionou a inconstitucionalidade do projeto, principalmente porque já tramita na referida Casa de Leis, desde 2012 , outro projeto que garante a realização de concurso público. “Somos contra esta atitude dos nossos pares, pois o concurso é a forma legal e mais democrática de acesso ao serviço público”, alega o edil.

Para Teles, o projeto é uma forma da prefeita do PSD acomodar seus cabos eleitorais, contratando-os sem concurso. “É um absurdo satisfazer interesses eleitoreiros, com recursos públicos. Serão mais de 150 pessoas escolhidas a dedo pela prefeita para serem contratados”, dispara.

Oposição x Situação

O Projeto de Lei aprovado em Nova Redenção teve os votos da maioria, votando a favor os vereadores da bancada da prefeita: Arnold Pires (PSD), Gazo (PSD), Kello (PSD), Guenga (PSD) e Aldo Mesquita (PSB), este último, apesar do voto, ainda se diz da bancada da oposição. Votaram contra os vereadores da oposição: Ariston Teles (PT), Márcia Benevides (PT) e Tom Dos Anjos (PP).

Segundo informações enviadas ao Jornal da Chapada, a aprovação desse projeto revoltou a população, principalmente os jovens, que se encontram desempregados e que viam no concurso público uma oportunidade de melhorar suas vidas. “Estamos vivendo uma crise interminável, fruto da longa estiagem que assola o nosso município, onde muitos estão deixando suas famílias e indo embora atrás de trabalho. A revolta foi geral com a postura dos vereadores”, conclui Ariston Teles.

O vereador petista ainda informa que a posição da bancada de situação foi em obediência a uma ordem da prefeita. “Aqueles que não votassem seriam tratados a pão e água. Mas a nossa bancada já prepara as ações para anular e suspender este famigerado projeto”.


Publicada no dia 14 de março de 2013, às 14h21

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