O vereador Arnando Lessa (PT) confirmou que pedirá à Mesa Diretora da Câmara de Salvador a criação de Uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar o que vem sendo chamado de “Máfia da Sefaz” e envolve, entre outros assuntos, os transcons. Em pronunciamento na sessão desta quarta-feira (20), o petista disse que já tem 20 assinaturas de colegas e que está na expectativa de conquistar mais duas até o final do dia para enviar o requerimento à Mesa.Lessa alega que os indícios que o prefeito ACM Neto e o secretário municipal de Fazenda de Salvador, Mauro Ricardo, dão sobre a existência de uma máfia e da dilapidação do dinheiro público por entes entre os grandes construtores da cidade não são claros sobre os verdadeiros responsáveis pelo esquema e todas as suspeitas. Na reunião em que as comissões de Finanças, Orçamento e Fiscalização; da Reparação e Mesa Executiva realizada na terça, o gestor disse que há vários outros “esqueletos” na Sefaz, mas se recusou a detalhá-los a pedido do parlamentar.
“Como é que o secretário diz que existem ‘esqueletos’ e não diz quais são? É preciso que se diga, quem são as pessoas envolvidas, se estão lá, o que vai acontecer. A reunião de ontem foi uma apresentação, não tem o poder de aprofundamento e nem réplica ou tréplica que uma Comissão Especial tem”, argumenta Lessa. A importância da CEI, acredita ele, são as acusações de que os “esqueletos” lesaram o erário em R$ 341 milhões e estabeleceram uma série de fraudes na prefeitura.
Desta maneira, o edil deseja que Ricardo e o prefeito esclareçam quais são os dispositivos que usa para investigar e quem, de fato, está sendo acusado das supostas irregularidades. A intenção é de que ex-secretários da Fazenda e de Planejamento Urbano sejam convocados para prestar esclarecimentos, além do próprio ex-prefeito Joao Henrique. O petista pediu também que os colegas do governo entendam que seu pedido de CEI não é contra a prefeitura, mas “a favor da cidade”.
Apesar dos desejos de investigação ampla, entre a ideia e a prática ainda há um longo caminho a ser percorrido pelo vereador. Arnando Lessa afirma que tem, atualmente, 20 das 22 assinaturas mínimas para enviar o requerimento. Depois disso, seria preciso conquistar sete novas assinaturas para que a CEI seja instalada e passe a funcionar.
Os vereadores que aderiram à causa são os de oposição e os da bancada independente coordenada por Carlos Muniz (PTN) mais Heber Santana (PSC). Porém, dos 20, solicitaram a Lessa a exclusão das assinaturas por pressão do Governo os parlamentares Duda Sanches (PSD) e Alemão (PRP), o que ele ainda tenta reverter. Outros três que podem aderir em breve ao requerimento são Alan Castro (PTN), Odiosvaldo Vigas (PDT) e David Rios (PSD). Ele afirma que não tem prazo para enviar o requerimento e só o fará quando conquistar solidamente ao menos as 22 assinaturas.
Bocão News
