O deputado federal Protógenes Queiroz, do PCdoB de São Paulo, vai propor a criação de um projeto de lei que pretende endurecer a luta contra a corrupção no Brasil.
A ideia é construir um texto que equipare a corrupção aos crimes hediondos e contra a vida, a exemplo de homicídio e estupro.
Segundo a proposta do delegado da Polícia Federal, a pena mínima para condenados por crimes contra o erário público deve subir de dois para seis anos de prisão, e a máxima, de 12 para 20 anos de reclusão.
A iniciativa é uma promessa de campanha do comunista, mas a grande dúvida é se o projeto terá o apoio dos demais deputados. Além disso, a matéria terá que passar também pelo crivo do Senado Federal.
Geralmente, no Congresso Nacional, a boa-fé esbarra no corporativismo e no medo de que as novas leis prejudiquem interesses e os “negócios” dos parlamentares.
Protógenes Queiroz ganhou notoriedade nacional em 2008, quando conduziu a primeira parte da Operação Satiagraha que culminou com a prisão do banqueiro Daniel Dantas e outras 15 pessoas, incluindo o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.