Política

Marcelino Galo dispara contra Isidório

Imagem Marcelino Galo dispara contra Isidório
Para petista, Assembleia não é lugar para intolerância  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 09/04/2013, às 10h48   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)


FacebookTwitterWhatsApp

Após o discurso raivoso do deputado estadual Sargento Isidório (PSB) na tarde terça-feira (9), Marcelino Galo (PT) subiu ao púlpito para rebater, com a mesma intensidade, as declarações do pastor.

“Essa era (in)feliciana não deve continuar. Surfar nessa onda de intransigência é um absurdo. É preciso repreender o PT e os partidos de origem esquerdista que negligenciaram a comissão de Direito Humanos ao ponto de entregá-la daquele infeliz”.

Galo destaca que o papel do colegiado é justamente oposto ao que vem sendo propagado pelo deputado federal Marcos Feliciano (PSC), alvo da idolatria de Isidório. De acordo com o petista, não é aceitável que em pleno século XXI coisas abjetas sejam pronunciadas sem responsabilizar quem as amplifica.

“O senhor (Isidório) não tem o direito de usar aqui (o parlamento) para fazer o que fez”. Galo argumenta que o discurso da intolerância contra as minorias: gays, lésbicas, negros, mulheres não podem encontrar guarida na “Casa do Povo”.

O petista sugeriu que a Casa formulasse uma moção de apoio à cantora Daniela Mercury. “Ela (Daniela) leva o nome da Bahia há muitos anos para muitos lugares. É um representante do povo daqui. Merece o nosso respeito e admiração e não este tipo de ataque abjeto”.

O deputado Targino Machado (PSC) defendeu o discurso do petista. Em tom comedido, como não faz habitualmente, Machado solicitou a retirada de parte do discurso de Isidório das notas taquigráficas, onde são publicadas todas as declarações dadas em plenário.

José Raimundo (PT) também foi para cima do socialista. “O velho testamento, aquele raivoso, deu lugar a uma mensagem de aceitação. Devemos respeitar os espaços da individualidade. Aquele Deus vingativo não faz parte do contemporâneo”.

Carlos Gaban (DEM), que não ouviu o discurso de Isidório, foi por outra linha de atuação. Para o democrata, qualquer tipo de intolerância deve ser combatida no parlamento.

Mesmo diante de tanta indignação não houve nenhuma movimentação no sentido de acionar o Conselho de Ética da Casa. O presidente do colegiado, Reinaldo Braga (PR) não foi encontrado pela reportagem do Bocão News para comentar o assunto. Sabe-se que recentemente Braga conseguiu verba para o conselho sob o argumento de que para funcionar era preciso ter recurso.

O diretório do PSB ainda não se manifestou sobre a nova investida de Isidório.


Nota originalmente postada às 20h do dia 9

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp