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Reforma tributária: bancada da situação ironiza pedido por mais debates

Imagem Reforma tributária: bancada da situação ironiza pedido por mais debates
Vereadores da oposição não querem que proposta tramite em regime de urgência  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 17/04/2013, às 07h50   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)



“Casa de ferreiro, espeto de pau”, “Pau que dá em Chico 'não' dá em Francisco” e “Pimenta nos olhos dos outros é refresco”. Na sessão da tarde desta terça-feira (16), os vereadores da bancada do governo na Câmara Municipal de Salvador brincaram com ditados populares para ironizar o pedido da ala oposicionista de mais tempo para analisar e debater o projeto da reforma tributária, proposta pelo prefeito ACM Neto.

O argumento da bancada da situação é de que quando o Governo do Estado apresentou o projeto da reforma tributária na Assembleia Legislativa da Bahia e, na oportunidade, os partidos que querem “debater exaustivamente” a proposta de Neto, PT e PCdoB, correram para aprovar o projeto de reforma do governador Jaques Wagner.



“’Aqui é casa de ferreiro, espeto de pau. Quando é do interesse deles (integrantes da bancada de oposição na Câmara), como aconteceu na Assembleia com a reforma de Wagner, eles votaram em oito dias. Agora como foi Neto que propôs, tão querendo debater exaustivamente uma proposta que será importante para a cidade”, ironizou o vereador Kiki Bispo (PTN).

Na mesma linha, líder da bancada do governo, o vereador Joceval Rodrigues (PPS),  e  o vice-líder, Léo Prates (DEM), criticaram a resistência da bancada da oposição em votar o projeto que chegou à Câmara Municipal no dia 15 de março.



“Já discutimos com os vereadores, com a população e mesmo assim eles dizem que querem debater mais. A reforma de Wagner aumentou impostou e eles quiseram aprovar logo. A reforma de Neto não aumentará impostos e eles continuam dizendo que precisam de mais debate”, reclamou Joceval Rodrigues.

Mais debates

Os integrantes bancada da oposição querem mais tempo para “estudar os detalhes da proposta” e são contrários à tramitação do projeto em regime de urgência na Câmara. A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) ressaltou a importância de uma maior discussão sobre o assunto.

“O projeto trata de alguns assuntos que deveriam estar em leis específicas, como a criação de empresas e endividamento do consumidor. A temática é diversa e a matéria complexa, portanto, cada detalhe precisa ser analisado com cautela. Caso os artigos não sejam revisados com o devido zelo, podemos gerar mais insegurança jurídica para o município, assim como ocorreu na votação do PDDU [Plano de Desenvolvimento Urbano], em 2008. À época, 256 artigos foram votados em caráter de urgência, sem tempo para análise. Hoje o PDDU está sub judice”, colocou a legisladora.

Publicada no dia 16 de abril de 2013, às 17h46

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