Política

"A oposição não tem condições de questionar", diz Rui Costa sobre seca

Imagem "A oposição não tem condições de questionar", diz Rui Costa sobre seca
Apontado como possível sucessor em 2014, secretário solta o verbo para os adversários  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 22/04/2013, às 08h02   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Apontado como um dos possíveis candidatos para a sucessão do governo Wagner em 2014, o secretário da Casa Civil, Rui Costa, é alvo constante da imprensa; para ele, a grande responsável pela antecipação da campanha petista.  Sobre isso, em entrevista para o jornal A Tarde, o secretário ‘torce o nariz’, assim como os seus colegas de partido que não vê com bons olhos o furor diante dessa discussão.

“É muito cedo. É o momento como aquele do time que vai disputar um campeonato. Antes de disputar tem que ter concentração. É preciso estar focado e concentrado. Precisamos nos concentrar nas realizações. O governador Jaques Wagner tem marcas que ele já consolidou e nós precisamos fazer o fechamento dessas marcas (...)”, disse, considerando que o momento apropriado para a escolha do candidato seria no último trimestre, conforme já divulgado pelo governador.

No entanto, o secretário não deixa de justificar o motivo das pessoas acharem que ele será o sucessor e lembra a relação pessoal que tem com o governador, o que não lhe dá segurança. “(...) tenha certeza, ninguém será o candidato por ser mais ou menos amigo do governador. Essa qualidade é necessária, mas não é suficiente (...)”. Rui Costa lembra ainda que mesmo apesar de o governador nunca ter negado que ele seria o seu sucessor, não significa que tenha afirmado. “Até porque discutir candidatura agora seria antecipar o fim do governo”, diz.

Oposição

Conforme já divulgado no cenário baiano, para tentar derrubar Jaques Wagner em 2014, a oposição vai apelar para a seca. Ou melhor, a falta de investimentos para reversão do quadro crítico e prevenção nos municípios baianos. Mas, para o secretário da Casa Civil, esse caminho tenderá ao fracasso do lado de lá. “A oposição não tem condições de questionar nada com relação a investimento em água. Os números são inquestionáveis. Na história da Bahia nenhum governador investiu mais em abastecimento de água que Jaques Wagner”, garante Rui Costa, que apontou o investimento de R$ 8,5 bilhões no setor.

Ainda com relação à seca, o secretário falou também durante a entrevista sobre a burocracia quando o assunto é a liberação de verbas para atendimento aos afetados pela falta de água. “É uma luta incessante, diária, vencer a burocracia. Acho que os órgãos de controle, em lugar de mandar parar as obras ou retardar o início de obras importantes, deveriam resguardar aquele valor que, em tese, se entende que está em dúvida para um ajuste no final da obra”, disse Rui Costa, lembrando o embargo das obras da Ferrovia Norte Sul quando houve uma dúvida do Tribunal de Constas da União (TCU) sobre o valor.

“Enquanto se apurava, a obra ficou parada dois, três anos. Agora, descobriu-se que a diferença é de R$ 5 milhões de um contrato de R$ 600 milhões. O custo contratual por esse atraso será de R$ 60 milhões. Quem vai pagar é o povo. Quem cometeu o erro? A pessoa que fez o edital ou técnico do TCU? Ele deu um prejuízo para a sociedade de pelo menos R$ 55 milhões. Ele respondeu algum processo? Não. Em tese, o protetor da sociedade causou o prejuízo para a sociedade”, finalizou. 

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