O líder espírita José Medrado não gostou nada de saber do mais novo projeto do vereador Marcell Moraes (PV). Líder do templo Cidade da Luz e com uma boa relação com todas as religiões disponíveis na cidade, Medrado criticou no Facebook a iniciativa do edil verde e afirmou que, antes de criminalizar, é preciso entender a intenção religiosa que inclui os sacrifícios de animais.Para o espírita, há na atribuição das religiões afro uma orientação expressa ao responsável pelo sacrifício que o animal não sinta nenhuma dor. Caso isto ocorra, o Orixá rejeita a oferenda e o sacrifício do bicho é em vão. Este responsável se chama Axogun, ou Azogun ou Azogue. “O objeto do sacrifício, que é sempre um animal, muda conforme o Orixá ao qual é oferecido. Trata-se, conforme a terminologia tradicional, ora de um animal de duas patas, ora de um animal de quatro patas (galinha, pombo, bode, carneiro, pato…)”, explicou.
Além disto, Medrado citou também que o sacrifício não é à toa e que o animal morto depois será servido à comunidade em uma festa relacionada ao ritual após ter sido cozinhado normalmente, como qualquer outro tipo de carne. Diante disto, o líder questiona o vereador sobre qual a diferença entre a morte dos animais nos terreiros e o trabalho ocorrido em açougues.
