Política

Homenagem a Cesar no PR foi evento para “recompor” partido com base

Imagem Homenagem a Cesar no PR foi evento para “recompor” partido com base
Governador e aliados compareceram em peso a evento e discursos confirmaram os acordos para 2014  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 09/05/2013, às 16h05   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)




O PR montou uma grande recepção na churrascaria Boi Preto nesta quinta-feira (9) a respeito de dar posse ao novo presidente estadual do partido, deputado federal José Rocha, e homenagear o ex-governador e atual ministro dos Transportes, César Borges. Mas, apesar de toda a pompa, o significado real do evento foi apenas um: oficializar a “recomposição” dos republicanos com a base dos governos Dilma e Wagner para a eleição do ano que vem.
Para referendar esta intenção, boa parte dos petistas mais importantes do estado estava presente no evento, a começar pelo governador Jaques Wagner. Além dele, estavam o presidente petista, Jonas Paulo, diversos deputados e vereadores do partido e de aliados e também o vice-governador Otto Alencar. Se alguém até então duvidava que os apertos de mão significavam a reconstrução da aliança, os discursos à mesa terminaram todas as considerações obscuras que poderiam porventura perdurar no evento.
Todos os políticos que participaram dos pronunciamentos reforçaram à sua maneira um retorno do PR à base e elogiaram o governador e seu espirito democrático que permitia a liberdade de posicionamento dentro e fora do partido e da base. O senador pelo Espírito Santo Magno Malta afirmou eu o PR e o PT se aproximam a partir do momento em que Borges e o ex-presidente Lula têm uma forma de agir idêntica em elação à gestão. Ambos, segundo ele, ambos “pensam com o coração” e agregam forças em torno de si.
Já Wagner elogiou os esforços de Borges como governador, vice-presidente do banco do Brasil e como senador e disse confiar que Cesar fará uma boa gestão. Além disso, confirmou também que houve uma cisão entre os dois partidos em 2010, mas que o problema já havia sido resolvido e que o PR marcharia na base do governo para reeleger Dilma Rousseff presidente e compor o plano da base para continuar com o poder no plano estadual. "A presidenta quer fazer uma política de superação. No nosso governo a gente não nega e nem rejeita. A gente supera", discursou o governador.
O ministro disse ver com naturalidade o movimento dos republicanos que desejam sair do partido por conta da recomposição com o PT estadual e nacional. Segundo ele, o PR tem o caráter democrático e aceita que todos no partido tenham sua exposição individual de ideias e que todos são livres tanto para entrar quanto para sair do partido. Entretanto, o momento, segundo ele, é de manter os laços atuais e seguir no plano estadual e federal.
“Não podemos colocar camisa de força em ninguém. Quem está insatisfeito sai do partido. O PR nos dá essa grande liberdade partidária e eu acho isso natural. Ninguém pode engessar a política e a política tem essa grande vantagem, a de que você pode ter mobilidade. Não tem que existir patrulhamento nem carimbar ninguém. Na política não deve existir isso”, refletiu.

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