Política

José Rocha não se importa se Borges for criticado por “ajudar” Bahia

Imagem José Rocha não se importa se Borges for criticado por “ajudar” Bahia
Ministro dos Transportes, porém, disse que será "justo" à frente da pasta federal  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 10/05/2013, às 07h20   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)




O deputado federal José Rocha, presidente estadual do PR, disse que não se importa se César Borges assumir total partido da Bahia sendo ministro dos Transportes e mandar a maior parte dos projetos ao estado. O republicano conhece história parecida quando, em 2008, Geddel Vieira Lima sofreu ataques de todos os lados por ter enviado muito mais recursos da Integração Nacional para a Bahia. Para ele, porém, esta possibilidade não assusta e Borges deve se concentrar ao máximo em interceder por sua terra.
“Não tenho nenhum medo (que ele seja criticado). Eu prefiro que ele seja criticado por privilegiar a Bahia”, disse o deputado após o encerramento do evento realizado nesta quinta (9) no Boi Preto. Já o ministro disse que não tem nenhuma preocupação em escapar de críticas porque pretende ser justo com a Bahia e os outros estados. Ele lembrou que o governador destacou que a Bahia tem a segunda maior malha viária do Brasil e que recentemente vem recebendo grandes e necessários investimentos.
“Tudo o que eu fizer pela Bahia eu acho que a Bahia merece. A própria presidente Dilma Rousseff vai querer que se faça dessa forma, prestigiando a Bahia. É claro que eu farei pelo Brasil inteiro, mas darei especial atenção para a Bahia”, justificou. Em 2008, quando era ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima coincidentemente enviou grande volume de recursos à cidade para execução de obras – entre elas as dos canais das avenidas Centenário e do Imbuí – que terminaram auxiliando a reeleição do então prefeito João Henrique.
Uma análise possível da chegada de César Borges à pasta federal inclui um jogo de “toma-lá-dá-cá” que se encerraria no ano que vem, à época das Eleições. Imediatamente, o Governo Federal o alça ao cargo e, assim, recupera o apoio na base em Brasília. Ao mesmo tempo, o ministro aproveita para destravar alguns dos nós de infraestrutura de transportes, a exemplo do Porto Sul e Ferrovia Oeste-Leste, enquanto o partido discute internamente a participação republicana no grupo majoritário petista no ano que vem. 
Dentro deste pensamento, há grandes possibilidades de César Borges ser indicado à vaga de Senado, a mesma que o vice-governador Otto Alencar (PSD) não esconde de ninguém que deseja no próximo pleito. Apesar disso, o ministro afirma que não pensa no futuro político por enquanto e que não está no cargo por conta de suas ambições vindouras. Mesmo assim, deixa escapar que “quem é do mar não enjoa” e que talvez possa aceitar um eventual chamamento partidário. “Quem é político está aí pronto. Quero fazer o melhor trabalho como ministro para o Brasil e pela Bahia”.
Neste âmbito específico, o presidente do PR também prefere tergiversar e não confirmar conversas quanto a uma candidatura do ex-governador no ano que vem. José Rocha alega que este ano tanto Borges quanto o partido têm outras prioridades para este ano. No caso do PR, trata-se da construção da unidade e expansão do partido em suas bases e, para César, consolidar o trabalho no órgão federal. Entretanto, ele admite que há possibilidades de admitir que haja candidaturas engatilhadas para a Assembleia Legislativa por parte do ex-deputado Pedro Alcântara, do vereador de Salvador Isnard Araújo e da ex-deputada federal Tonha Magalhães.

Postada às 17h20 do dia 09 de maio

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