CTS: Carlos Martins quer trens ligando Salvador a RMS
Para isso, Valec tem que consertar e devolver ao Estado a concessão |
Publicado em 01/06/2013, às 08h05 Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)
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A greve dos ferroviários de Salvador foi encerrada após mais de 20 dias de paralisação. O presidente da Companhia de Transportes de Salvador (CTS), Carlos Martins conseguiu, em reunião com os sindicalistas, estabelecer o cronograma de pagamento como havia se comprometido quando tomou posse na última segunda-feira (27).
Em conversa com a reportagem do Bocão News, o ex-secretário estadual da Fazenda mostrou entusiasmo com os desafios do setor. Resolvida as questões relacionadas à prestação de serviço, Martins integra o grupo do governo estadual que pressiona a Valec para devolver ao controle estatal as ferrovias da Região Metropolitana de Salvador.
A ideia da nova administração é interligar os municípios de Salvador, Simões Filho, Candeias, Dias D’ávila e Camaçari. “De um modo geral isso já é possível. Trabalhamos para a Valec devolver a concessão. Não foi feita a utilização adequada. Vamos querer que a ferrovia também seja reformada nos locais onde foram causados danos”.
Um mapeamento está em curso, mas o relatório inicial aponta um trecho de 8 km entre Salvador e Simões Filho danificado. Este é um empecilho para a viabilização do projeto. Martins defende como solução para a sustentabilidade do sistema ferroviário de Salvador a integração através de Veiculo Leve Sobre Trilhos (VLT).
Na próxima segunda-feira (3) o presidente participa de uma reunião com representantes da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) para discutir a situação dos convênios entre CTS e companhia. No site da CBTU é possível identificar cinco contratos entre as instituições firmados nos anos de 2005 e 2007.
O maior deles foi assinado no dia 6 de dezembro de 2007. No valor de R$ 493.847.286,38, dos quais foram repassados à CTS R$ 210.758.266,52. O objetivo do contrato é a conclusão da implantação do Metrô de Salvador no trecho Lapa-Pirajá. O vigência do convênio é até o dia 31 de dezembro de 2014.
Dos outros quatro contratos, dois não foram cumpridos na totalidade. A CBTU deixou de repassar, de acordo com dados da página oficial da própria companhia, R$ 1.9 milhão de um montante de R$ 178.488 milhões. A vigência do contrato, no entanto, expirou no dia 30 de junho de 2010.
Estes recursos eram destinados à: estabelecer condições básicas necessárias à continuidade das obras do metrô no trecho Lapa-Acesso Norte, previstas na clausulas ii, item ii 1.1. subitem "d" do convênio firmado entre a União, o Estado da Bahia e o município de Salvador em 24 de setembro de 2005.
Outros R$ 1.4 milhão também direcionado ao mesmo convênio, mas para o trecho Calçada-Paripe, não foi repassado. Neste segundo o valor global do contrato foi de R$ 32.583.121,85.
Estes serão assuntos discutidos por Carlos Martins durante o encontro com representantes da CBTU. Já na terça-feira (4), o presidente segue para Brasília onde se reúne com prepostos dos ministérios do Planejamento e Cidades para debater soluções e os próximos passos do metrô de Salvador.
*Nota publicada originalmente às 12h58 do dia 31/05.
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O maior deles foi assinado no dia 6 de dezembro de 2007. No valor de R$ 493.847.286,38, dos quais foram repassados à CTS R$ 210.758.266,52. O objetivo do contrato é a conclusão da implantação do Metrô de Salvador no trecho Lapa-Pirajá. O vigência do convênio é até o dia 31 de dezembro de 2014.
