Política

ACM Neto fala de manifestação e cutuca João Henrique

Imagem ACM Neto fala de manifestação e cutuca João Henrique
“Salvador não se organizou para eventos deste porte”, disse o prefeito  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 22/06/2013, às 07h25   Alessandro Isabel (Twitter: @alesandroisabel)



Os prejuízos provocados pelo confronto envolvendo policiais militares e manifestantes no Centro de Salvador, ontem (20), foi o tema da entrevista que o prefeito ACM Neto (DEM) concedeu no início da tarde desta sexta-feira (21), na prefeitura soteropolitana. A depredação do patrimônio público atribuída a um grupo de participantes do Movimento Passe Livre Salvador, além dos investimentos feitos pela prefeitura para a promoção da Copa das Confederações FIFA 2013 também pautaram o discurso do democrata que isentou os membros do movimento de qualquer culpa pelos estragos provocados durante os conflitos em diversas partes da capital baiana.

“A nobreza e a legitimidade da manifestação não pode ser maculada por uma minoria que não representa a causa. Essa minoria deve ser tratada como exceção”. Neto afirmou que não existe a possibilidade do valor da passagem do transporte público da capital baiana baixar, a exemplo de São Paulo e Rio que anunciaram a redução no valor das tarifas. “Diferente de outras cidades nós nos antecipamos e não aumentamos a passagem. O que eles (Rio e São Paulo) fizeram foi recuar e voltou a cobrar o valor anterior ao aumento”, disse o prefeito.
Sobre a possibilidade da prefeitura proteger os patrimônios públicos para evitar depredação em outras manifestações, Neto acredita no bom senso dos manifestantes e afirma que não vai tomar qualquer atitude nesse sentido. “Não vou cercar praças ou proteger monumentos. O dever de cuidar da cidade não é do prefeito, é de todos os cidadãos. Tenho certeza que a maioria esmagadora está indo para a rua para protestar e não concordam com qualquer tipo de depredação”. Questionado sobre os gastos que a prefeitura tem disponibilizado para a Copa das Confederações – uma das bandeiras levantadas pelo Movimento Passe Livre –, o democrata afirma que cortes foram feitos para adequar a realidade dos cofres do município. “Apenas com gastos de mobilidade tínhamos no cardápio o valor de R$ 170 milhões. Eu me responsabilizei e mandei enxugar os gastos e estamos gastamos apenas com o essencial”.
Mesmo estando longe dos olhos municipais, a administração do ex-prefeito João Henrique foi lembrado de forma negativa pelo atual gestor que confirmou a impossibilidade da capital baiana receber a Copa das Confederações nos moldes em que estava sendo organizado. “Salvador em função da administração passada não se organizou para um evento deste porte. Nós estamos tirando leite de pedra estamos fazendo apenas o necessário para manter a organização”.
Outro tema que estava na pauta de reivindicação do movimento recebeu a atenção especial do prefeito. O transporte público foi citado pelo prefeito como ‘prioritário’ em sua administração e a atual avaliação é considerada pelo gestor como péssima. “O transporte é deficiente e não oferece um serviço de qualidade para a população. Estamos lutando por melhorias no transporte e na mobilidade da capital baiana. Essa é a nossa prioridade”.
Postada às 14h25 do dia 21 de junho

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp