O vereador Prisco (PSDB), que ficou conhecido nacionalmente por liderar uma das greves mais polêmicas da Polícia
Militar da Bahia no ano passado, afirma categoricamente que 95% dos policiais militares são a favor dos manifestantes que tomaram as ruas brasileiras nos últimos dias. Para ele, os registros de violências aos manifestantes partiram de um grupo de oficiais que anseiam promoções e interesses financeiros junto ao governo do Estado. “Esse não é um comportamento da polícia militar como um todo. A maioria é favorável. Infelizmente é uma minoria, uma tropa fiel ao governo, que está manchando o nome dos policiais que fizeram greve e lutaram com dignidade”, afirma.
Ainda de acordo com o vereador, o governo estadual está jogando a população contra a polícia militar da Bahia e as promessas de apuração dos casos de violência são mentirosas. “Eles não vão apurar nada. É tudo mentira. A ordem expressa do governo é reprimir os manifestantes. A PM não age sobre nenhuma ordem de Capitão nem nada. Isso vem do governador. Eles se baseiam em nosso regulamento que é arcaico e ultrapassado. O policial que se negar a descumprir uma ordem do governador pode ser preso e expulso da corporação e um processo é aberto contra ele”, diz. Vale lembrar, que a principal pauta de reivindicação dos manifestantes é o passe livre nos ônibus coletivos. Pauta esta, que é semelhante a uma das reivindicações da categoria dos policiais militares da Bahia. Há seis dias, os trabalhadores decidiram adiar a Operação Tartaruga, após negociação feita com o governo. As reivindicações foram enviadas no último dia 11 e giram em torno do pagamento da GAP IV, retorno do subsídio de transporte público e redução da carga horária. Ao ser perguntado se a população se voltaria contra os policiais em uma próxima greve, Prisco não teve dúvidas ao responder. .JPG)
“Tenho certeza absoluta disso (de que o povo ficará contra). A população não sabe quem são todos os policiais e que a maioria é a favor do movimento. Esse povo está lutando pela gente. Mas o governador quer por a população contra a polícia militar e está conseguindo. Até eu sofri quando fui para a manifestação”, conta o vereador que afirmou ter presenciado a truculência da polícia em um confronto nos Barris.
“Tomei bomba de gás lacrimogêneo pela cara sem necessidade nenhuma. Inclusive a violência só se deu depois daquele ato. Violência gera violência. A culpa é do governador do estado”, finaliza.
Publicada no dia 23 de junho de 2013, às 16h36
