Política

Álvaro Gomes quer fim de remuneração extra para deputados estaduais da Bahia

Imagem Álvaro Gomes quer fim de remuneração extra para deputados estaduais da Bahia
Matéria ainda não foi apresentada aos demais parlamentares da Casa  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 06/07/2013, às 15h59   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Após aprovação da Lei da Ficha Limpa e da redução do recesso dos parlamentares, um novo projeto polêmico promete aquecer os ânimos dentro da Assembleia Legislativa da Bahia (AL/BA). O deputado do PCdoB Álvaro Gomes quer acabar com a remuneração extra dos parlamentares por ocasião das convocações extraordinárias da Casa. Para que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) seja aprovada será necessária a aprovação de 38 parlamentares, dos 63 existentes.
A matéria ainda não foi apresentada aos demais parlamentares da Casa. Para que isso ocorra, o autor da PEC tem trabalhado junto a seus pares no recolhimento das 21 assinaturas necessárias. Eesta não é a primeira vez que Álvaro Gomes tenta extinguir esta remuneração.
Durante o primeiro mandato, em 2004, fez proposição nesse sentido – Indicação nº 13.886/04, de 13 de fevereiro de 2004 –, ao então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, indicando emenda à Constituição Federal que suprimisse o pagamento aos parlamentares de parcela indenizatória, em razão de convocação extraordinária. No ano seguinte, com a Indicação nº 13.888/04, de 16 de fevereiro de 2004, o comunista encaminhou ao então governador do Estado, Paulo Souto. Na época, a proposta foi enviada ainda às Mesas Diretoras da Câmara e Senado Federais.
Segundo Álvaro Gomes, “o recesso parlamentar não é férias, e sim apenas ausência das sessões plenárias. Portanto, o deputado pode ser chamado a trabalhar nesse período, sem qualquer custo extra ao cofre público”. De acordo com o deputado, o fato de a Assembleia, nos últimos dias, ter reduzido o recesso parlamentar de 90 para 60 dias não impede que haja convocação extra, desde que respeitados os critérios da lei para esse fim. “E o parlamentar tem o dever de comparecer, independentemente do dia que a mesma venha a acontecer”, afirma.
A convocação extraordinária – que não é a mesma coisa de sessão extraordinária – pode ser convocada pelo governador do Estado, presidente da Assembleia Legislativa ou pela maioria dos deputados, “em caso de urgência ou interesse público relevante”, de acordo a Constituição Estadual.
Segundo a assessoria do deputado, todas as vezes que precisou comparecer em convocação extraordinária, Álvaro Gomes devolveu a remuneração ou doou para instituições filantrópicas. Se aprovada, assim como a Ficha Limpa, esta será pioneira, pois foi lançada antes da PEC nº 50/2006, de autoria do Congresso Nacional, que veda remuneração de tal natureza nas duas Casas Legislativas. 

Fonte: Tribuna da Bahia

Nota originalmente publicada às 12h53 do dia 06/07

Classificação Indicativa: Livre

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