Política

No centro de polêmica em SP, Serra acha metrô de Salvador “um escândalo”

Imagem No centro de polêmica em SP, Serra acha metrô de Salvador “um escândalo”
Enquanto metrô em SP é suspeito de ter cartel em licitações, ex-governador prefere comentar metrô baiano  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 07/08/2013, às 07h08   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)


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Governador de São Paulo à época em que houve o suposto “cartel” de empresas para concorrência de obras no metrô de São Paulo, o tucano José Serra esteve em Salvador na tarde desta terça-feira (6) para uma visita às Obras Assistenciais de Irmã Dulce (Osid). Entrevistado por jornalistas sobre a situação que atravessa na capital paulista, Serra preferiu comentar um assunto mais “fácil” dizendo que o metrô de Salvador é “um escândalo”.
“É um escândalo porque está assim desde o final dos anos 90. Era uma linha de 12 km que foi dividi por dois e não sai do lugar. Enquanto isso, o Governo Federal está tocando o projeto do trem bala”, desviou o ex-governador paulista. Ele criticou o fato de que o dinheiro gasto para uma obra que não funciona vem todo de fontes federais.
José Serra também fez vistas grossas para o fato de que a construção do metrô foi feita durante o segundo mandato do ex-prefeito tucano de Salvador Antônio Imbassahy e afirmou que a principal responsabilidade estava sobre os governos do ex-presidente Lula em Brasília e de João Henrique em Salvador. “Quando o Imbassahy fez a promessa, não havia dinheiro”, justificou.
Pela primeira vez desde que houve as denúncias veiculadas pela Folha de S. Paulo na semana passada, Serra falou sobre o episódio e defendeu unicamente que haja investigações sobre o fato, uma vez que seria do interesse do governo descobrir eventuais irregularidades. “Se teve realmente conluios e et cetera, é todo o interesse do governo de São Paulo saber, até para que seja ressarcido o prejuízo que isso tiver causado”, limitou-se.
Ma matéria publicada na última semana, a empresa de telecomunicações Siemens denunciou que, à época de governos coordenados pelo PSDB no estado de SP, as gestões incentivaram a formação de um grupo que semrpe venceria as licitações para obras de expansão das linhas de metrô na cidade. A denúncia foi apresentada ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e, posteriormente, o governo negou qualquer ligação com o suposto esquema.
Permanecendo fora da polêmica local, Serra aproveitou para criticar a gestão de saúde do governo Dilma indicando como exemplo as Osid. Serra, que é ex-ministro da Saúde, disse que cada leito no local custa R$ 100 anuais em repasses do governo. “Apenas R$ 80 por mês”, ressaltou. Serra lembrou também que os investimentos em Saúde diminuíram de um ano para o outro recentemente e que o governo tucano anterior investia muito mais na pasta, o que ocorria sem “efeitos especiais”.

Postada às 17h08 do dia 06 de agosto

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