Política

Partidos emergentes lançam frente na Bahia em busca de espaço

Imagem Partidos emergentes lançam frente na Bahia em busca de espaço
PSL, PRP, PTdoB, PEN e PSDC planejam juntos eleição de 2014 e cogitam fusão nacional  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 10/08/2013, às 07h36   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)


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Cansados de trilharem independentemente o caminho político e disputar espaço com os “leões” na Bahia, cinco partidos comumente classificados como “nanicos” no estado resolveram colocar em prática a ideia de que a união faz a força e formar um grupo coeso. Assim, PSL, PRP, PTdoB, PEN e PSDC articularam a formação da Frente Partidária Jorge Aleluia e oficializaram o acordo em um almoço em Salvador com a presença de todos os dirigentes locais.
Os partidos estiveram lado a lado em ocasiões esporádicas nos últimos anos e, após resultados individuais, decidiram pela união em busca de concentrar viagens, investimentos eleitorais e influência para tentar fazer a diferença durante o período em que, afirmam os presidentes, há grandes mudanças sociais e políticas no Brasil. O nome da frente veio em homenagem ao recém-falecido ex-presidente do PRP.
O que poderia ser apenas um “trabalho de formiga” acabou tomando proporções maiores depois que o ex-prefeito de Salvador João Henrique anunciou a filiação ao PSL, tornando-se assim a maior “estrela” do grupo. Com a capilaridade eleitoral de JH, torna-se factível o aumento da ambição do grupo e a possibilidade de alcançar as metas políticas no ano que vem.
Segundo o presidente estadual do PSL, Antônio Vasconcelos, a meta do bloco na eleição proporcional é eleger 10 deputados estaduais e 2 ou 3 federais. Um deles pode ser João Henrique que, caso logre a vaga já tem acertado ocupar a liderança nacional do partido na Câmara. No caso da frente, é possível colocar 10 federais em Brasília de acordo com as projeções.Por enquanto, está descartada uma composição majoritária.
O presidente do PSDC, Antônio Albino, afirma que a frente faz sucesso de tal maneira que outros diretórios estaduais do Brasil compraram a ideia e já pensam em imitar os baianos e também seguir juntos. Por conta disto, ele afirma que a frente se sente, na prática, um partido novo. Esta possibilidade, inclusive, não pode ser descartada.
“Existe porque realmente os outros estados estão querendo copiar o que a Bahia está fazendo. É muito importante nós começarmos pela Bahia pra gente assumir um sentimento de moralidade”, defende Albino, que já foi candidato a governador. Ele, porém, sabe que algum movimento neste sentido só poderá ser concretizado para as eleições de 2016 por conta do pouco tempo de viabilizar uma fusão para 2014.
Já o dirigente do PRP, Aílton Lordelo, não acredita que a fusão seja um caminho porque são 27 diretórios estaduais a equilibrarem prol da criação de uma sigla única. Por conta da praticidade, manter a frente e expandi-la nacionalmente é um caminho melhor. “É meio complicado realizar a fusão porque existem interesses em outros estados que não são os da Bahia. Aqui a gente conseguiu unir os interesses que são o fortalecimento dos partidos a para tentar mudar um pouco esta política que vivemos”. 

Postada às 15h32 do dia 09 de agosto

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