A repercussão das denúncias da revista época sobre um suposto esquema de pagamento de propina em negócios internacionais da Petrobras atinge o PMDB em cheio. De acordo com a revista Época, o partido recebia vultuosas quantias financeiras por ter lobistas nos negócios fora do Brasil, em denúncias feitas por um engenheiro ligado à sigla.
Na Bahia, o deputado federal Lúcio Vieira Lima, que também é vice-presidente do partido no estado, comentou o fato e diz que o PMDB agora tem a “obrigação” de provocar a instalação da CPI da Petrobras na Câmara. De acordo com Lúcio, o requerimento para instalação das investigações na Casa já tem número superior ao mínimo necessário e agora depende apenas de ser colocado à frente na fila.
“Nesta segunda-feira vou a Brasília para conversar com o presidente Henrique Eduardo Alves para que ele instale a CPI. O partido tem a obrigação de fazer com que os seus 80 integrantes assinem a lista para fazer a CPI. Ele precisa fazer isto para provar que não tem medo das acusações”, analisa. “precisamos ressuscitar a CPI da Petrobras para separar o joio do trigo”.
O deputado disse também que anteriormente não tinha depositado a sua assinatura no requerimento porque veículos nacionais haviam divulgado que a CPI era uma orquestração pessoal sua com interesse de prejudicar politicamente o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, pré-candidato ao Governo da Bahia. Porém, a situação muda agora com a chegada das denúncias. Atualmente, 50 dos 80 deputados peemedebistas aprovam o processo.
Lúcio não opina sobre a responsabilidade do partido e diz que todas as denúncias têm que sofrer rigor absoluto e que, se houver algum filiado pego em irregularidades, “que se exploda”. O primeiro punido, inclusive, deveria ser o engenheiro João Augusto Henriques, a fonte da matéria publicada por Época neste fim de semana. “Ele deu as informações e foi o denunciante, o primeiro a reconhecer que praticou o crime. Ele tem que ser punido.”
Publicada no dia 11 de agosto de 2013, às 13h54
