Política

Se Rede não vingar, Marina Silva virá ao PEN segundo dirigente

Imagem Se Rede não vingar, Marina Silva virá ao PEN segundo dirigente
Ex-senadora já teria engatado acordo com partido há cerca de 6 meses caso novo partido não saia  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 12/08/2013, às 09h19   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)




A ex-senadora Marina Silva leva adiante desde o ano passado o projeto de criar um novo partido político, a Rede Sustentável. Porém, as dificuldades do processo podem fazer com que a sigla não saia do papel para as eleições do ano que vem. Caso isto aconteça, a acreana já teria um plano alternativo.
Segundo o presidente baiano do Partido Ecológico Nacional (PEN), Uezer Marquez, Marina Silva já está em contato há cerca de 6 meses com a direção nacional da legenda e fez um acordo. Caso a Rede não saia por falta de assinaturas suficientes até o prazo devido, ela assinará ficha de filiação. Em troca, será dada a ela a presidência nacional do partido.
“Ela disse que se a Rede não sair, o partido mais novo – tem um ano – e que tem uma relação com o meio ambiente é o PEN. Então a filiação depende basicamente agora da rede ser feita ou não. Se fechar a Rede até o dia 30 de setembro, ela não vem. Caso contrário, se filia”, revelou Marquez. 
O presidente baiano é reticente em afirmar se Marina conseguirá ou não fazer seu novo partido. Ele revela que as 492 mil assinaturas que ela precisa para fundar a Rede Sustentabilidade precisam ser válidas e todas estarem prontas até o fim do mês que vem., além de um julgamento em 9 estados e também pelas autoridades eleitorais do Brasil. Ele, oprém, arrisca que a falta de tempo pode ser a pá de cal nos planos para as eleições recentes.
Uezer Marques adiciona ao discurso o fato de que entrar para o PEN é melhor para Marina Silva por conta da relativa estrutura da qual o grupo já dispõe, por ter 4 deputados federais e 1min06seg no programa eleitoral gratuito. Caso Marina venha, é esperada a adesão de outros seis ou sete deputados federais, possibilitando duplicar ou triplicar este tempo. 
“Acredito que vir para o PEN é melhor porque fazer um novo partido dá trabalho porque você vai ter de montar toda uma estrutura adicional. Vai ter de montar todos os diretórios estaduais para pegar CJPJ e isso tudo demora um pouco mais por causa da burocracia. E já montado, não. Ela já tem uma sigla, que é o 51, e hoje o PEN só falta estar em um estado”, analisa. 
Outro inconveniente segundo o ambientalista são os interesses dos apoiadores de Marina Silva na criação do partido. Para ele, fazer a ex-senadora desistir de um projeto e abraçar outro é mais fácil do que quem a acompanha. “O problema todo está aí. Eles vão brigar até o último minuto para fazer a Rede. Temos que negociar com outros interesses, mas hoje o mais fácil para ela vir é o PEN”, alerta Marquez. 

Nota originalmente postada às 16h do dia 11

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