Uma reclamação interna no governo e o leva-e-traz de informações acabaram deixando o governador Jaques Wagner e o presidente do tribunal de Contas do Estado, conselheiro Zilton Rocha, de relações estremecidas. O problema teria começado na Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM).
Agoniado com as dificuldades financeiras que o órgão atravessa atualmente devido às dificuldades globais da máquina estadual, o presidente do órgão, Alexandre Brust, comunicou internamente o fato ao conselheiro por meio de uma correspondência oficial. Por sua vez, Zilton Rocha levou o testemunho ao colega de corte Pedro Lino.
O fato deixou Wagner “tiririca” da vida, uma vez que Lino tem o perfil de julgar negativamente o governo Wagner no que tange às contas. Com esta informações, portanto, o conselheiro teria mais munição para criticar a gestão e carregar na tinta no momento de fazer relatórios de contas e emitir votos em pareceres. Além disto, Lino tem boas relações com a Secretaria de Planejamento e a CBPM está designada à da Indústria e Comércio, de James Correia.
Procurado pelo Bocão News, o presidente da CBPM negou que esteja havendo qualquer desentendimento interno no governo por sua causa. Entretanto, ele confirmou que houve a comunicação interna entre ele e o TCE, mas ressaltou que todo o problema porventura gerado já foi sanado, incluindo o da falta de dinheiro. “Isto tudo já foi superado. Não há mais nada acontecendo”.
O mesmo discurso foi repetido pelo líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Zé Neto (PT). Segundo o parlamentar, ZIlton Rcha e Jaques Wagner estiveram juntos durante todo o tempo durante a posse da Comissão da Verdade na Bahia esta semana e que não houve nenhum sinal de animosidade. “A relação entre eles é institucional e é muito boa. O conselheiro sabe que há toda a abertura para diálogo com o governador e tudo está tranquilo”, esclareceu.
Zilton é conselheiro do TCE desde 2008. Ele foi aprovado para o cargo em 2007 após indicação de Wagner e em 2012 assumiu o cargo de presidente da corte. Porem, nos últimos tempos, tem sido classificado pelo governador como um conselheiro que julga muito duramente a gestão, o que degradou a relação entre os companheiros históricos de sindicalismo.
Publicada no dia 21 de agosto de 2013, às 13h07
