Surpreendido, prefeito de Ilhéus resolve dialogar com movimentos sociais

Membros do movimento Reúne Ilhéus encontrou com o gestor em praça pública | Divulgação

Publicado em 24/08/2013, às 15h09 Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)

A cidade de Ilhéus continua vivendo o caos com a greve os servidores municipais. Cerca de quatro mil funcionários pararam suas atividades há um mês. De acordo com representantes dos sindicatos, a maior dificuldade é o diálogo com o prefeito Jabes Ribeiro (PT), que se recusava em conversar.

Mas na última quinta-feira (22), membros do movimento Reúne Ilhéus encontraram o petista Praça Castro Alves, mais conhecida por Praça da Irene, no centro de Ilhéus. Lá, os ativistas do grupo criado em junho deste ano conseguiram dialogar com o prefeito em um dos poucos encontros entre o Reúne Ilhéus e o gestor.

Segundo os militantes, já faz mais de um mês que o gestor não comparece à prefeitura, mas foi encontrado na rua. “O prefeito estava com amigos na praça, quando chegamos para abordar os assuntos pendentes da pauta de reivindicações, que inclui a redução da tarifa, a melhoria das condições do transporte público na cidade e o cumprimento do contrato de concessão com as empresas”, declara o estudante Tiago Pacheco, membro do Reúne Ilhéus.

Apesar dos poucos momentos de exaltação, a conversa foi amistosa, mas relatos de estudantes apontam que o prefeito ficou nervoso e não chegou a concluir o diálogo com os manifestantes. “O prefeito ficava interrompendo nossa explanação, demonstrando falta de conhecimento dos dados que estão no contrato entre a prefeitura e as empresas, como por exemplo, a idade máxima da frota dos ônibus, que o prefeito disse ser a idade média. Ele respondeu alguns questionamentos sobre o reajuste da tarifa e logo após finalizou a conversa”, pontua Pacheco.

Sobre a idade máxima da frota, os estudantes apontam que no contrato diz que é de 5 anos. Eles declararam já ter encontrado veículos com 14 anos de uso circulando pela cidade de Ilhéus. Quando o prefeito foi questionado a respeito deste assunto, ele rebateu dizendo que isso era “uma inverdade e que no contrato tinha a idade média e não idade máxima”.

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