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Lava-jato x obras: "ninguém será prejudicado", garante prefeitura

Imagem Lava-jato x obras: "ninguém será prejudicado", garante prefeitura
A Transalvador já está dialogando com os proprietários de lava-jatos que estão localizados nessa via marginal  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 29/08/2013, às 06h17   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Na manhã desta quarta-feira (28), mais de 70 pessoas que trabalham em seis lava-jatos localizados na Av. Magalhães Neto fecharam a via alegando uma possível retirada dos lava-jatos, que há 18 anos estão no local, devido às obras que a prefeitura está realizando na via.
“Trabalhadores da prefeitura chegaram aqui demarcando tudo de vermelho e ficamos sabendo pelos próprios operários que irão derrubar tudo. Não recebemos notificações, nem nenhum tipo de informação sobre a nossa saída”, afirmou Deivid dos Santos, que é um dos proprietários de lava-jato ao repórter Alessandro Isabel.

Mas, após o protesto, em nota, a prefeitura explicou que através da Transalvador, "está realizando obras na Avenida Magalhães Neto para melhorar a mobilidade na região e possibilitar alterações de tráfego da Avenida Paulo VI, que terá sentido único para veículos de passeio na direção Correios-Caminho das Árvores. As obras consistem na ampliação da via principal da Magalhães Neto até o primeiro retorno, no sentido orla, e da marginal que fica na pista interna do Loteamento Aquarius, nas imediações do Colégio Módulo e Hospital da Bahia". 
Ainda de acordo com a prefeitura, as duas partes chegaram a um acordo, pois ficou definido que as obras não irão agravar problemas sociais. “Estivemos conversando com os proprietários de lava-jato e fizemos alguns ajustes no projeto para assegurar que ninguém fique prejudicado. Eles entenderam também que trata-se de uma intervenção fundamental para a cidade”, afirmou o diretor de Trânsito da Transalvador, Marcelo Correia.  “Apesar disso, a concepção do projeto continua a mesma”, acrescentou o diretor. Depois das negociações, a Avenida Magalhães Neto foi desocupada pelos manifestantes. 

Ao repórter Alessandro Isabel, o trabalhador Paulo Fonseca desabafou: “Sustentamos mais de 70 famílias com o dinheiro desse lava-jato. Existem adolescentes, jovens que não tiveram oportunidade de estudar e poderiam estar na criminalidade, mas estão ganhando o sustento aqui. ACM Neto quer ver um monte de desempregado? Eu só quero trabalhar”.

Publicada no dia 28 de agosto de 2013, às 13h45

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