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Gestão fiscal: 330 municípios baianos apresentam situação crítica

Imagem Gestão fiscal: 330 municípios baianos apresentam situação crítica
Entre as capitais brasileiras, Salvador ficou no 21° lugar  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 23/09/2013, às 06h58   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



O 2º Índice da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), divulgado neste sábado (21), analisou a gestão fiscal das cidades brasileiras no ano de 2011, tendo como base dados enviados pelos municípios para a Secretaria do Tesouro Nacional. Dos 417 municípios baianos, 91,4% apresentaram situação fiscal crítica ou difícil. Entre as capitais brasileiras, Salvador ficou no 21° lugar.

Foram analisados cinco aspectos: geração de receita própria, gastos com pessoal (respeitando o comprometimento máximo de 40% do orçamento com contratação), investimentos, liquidez (planejamento financeiro) e custo da dívida (deixar débitos para o ano seguinte). O IFGF varia entre 0 e 1. Quando maior, melhor é a gestão fiscal.

Ainda segundo a pesquisa, uma a cada cinco cidades baianas está entre as 500 piores do Brasil. Segundo o especialista em desenvolvimento econômico da Firjan o problema está no mau gerenciamento dos recursos sem gerar benefícios às contas dos municípios. Ele ainda ressalta que há um fraco planejamento por parte das prefeituras.

No grupo dos 500 piores municípios em gestão fiscal do Brasil, 68 são baianos. O rendimento das prefeituras baianas reflete o mau desempenho do Nordeste no índice, que foi o pior do país. No grupo dos 500 piores municípios, a região detém 72,2%. Apenas 4% com melhor gestão fiscal estão no Nordeste.

O vice-presidente do Instituto dos Auditores Fiscais da Bahia, Sérgio Furquim, acredita ainda que a baixa arrecadação das prefeituras é que interfere diretamente na dificuldade de gestão delas. E ainda, ficam na dependência de recursos dos governos federal e estadual.

Salvador – a capital baiana ocupa a 21ª posição no ranking de gestão fiscal. A cidade está na frente de São Luis (Maranhão), Boa Vista (Roraima), Cuiabá (Mato Grosso), Natal (Rio Grande do Norte) e Macapá (Amapá). Comparado a 2010 – primeiro ano de pesquisa do instituto – Salvador melhorou apenas uma posição. As piores notas da capital foram em investimentos e liquidez.


Nota originalmente postada às 12h do dia 22


Classificação Indicativa: Livre

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