A divulgação de um projeto que autorizaria a Prefeitura de Salvador a se apropriar de prédios abandonados na cidade causou ciumeira dentro da Câmara de Vereadores de Salvador. Atribuído ao edil Edvaldo Brito (PTB) em uma matéria publicada no jornal A Tarde desta segunda-feira (23), o projeto 666/2013 seria, segundo Tia Eron (PRB), o 462/2013, de sua autoria.
A vereadora diz não estar falando bobagem e que se certificou de que se tratam de projetos que versam sobre o mesmo assunto. Isto, de acordo com o regimento, faria com que a matéria tramitada mais cedo seria levada em consideração primeiro, em critério de ordem cronológica. Esta informação, segundo ela, foi adquirida junto à assessoria técnica da Câmara.
“O professor (Edvaldo) na verdade é o relator do meu projeto. O meu foi dado entrada na Câmara em junho e o dele só em setembro. O objeto do projeto é exatamente o mesmo. A assessoria emitiu um parecer fazendo referência à originalidade do meu projeto”, defende a vereadora.
Tia Eron também deu uma alegação adicional para provar que a ideia do projeto é sua. Ela garante que o imóvel exibido na reportagem e que serviu de exemplo para a possibilidade da tomada dos prédios pelo poder público é seu vizinho, no bairro do Costa Azul. “Eu sei porque tenho conhecimento de causa. Eu vejo aquele prédio todos os dias. Foi por isto que fiz o projeto”.
Apesar da polêmica, a vereadora reconheceu que ainda não procurou Edvaldo Brito para debater a suposta repetição e paternidade da matéria que tramita na Casa. Procurado pelo Bocão News, Edvaldo Brito não estava disponível para falar sobre o assunto.
Nota originalmente postada às 18h do dia 23
