Política

Bolsonaro dá soco em senador em visita da Comissão da Verdade no Rio de Janeiro

Imagem Bolsonaro dá soco em senador em visita da Comissão da Verdade no Rio de Janeiro
Integrantes da comissão e parlamentares visitaram o prédio onde funcionou o DOI-Codi, utilizado como local de tortura ma ditadura militar  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 23/09/2013, às 19h39   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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A visita da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro ao 1º Batalhão de Polícia do Exército, na Tijuca, na zona norte da cidade, começou com tumulto. O motivo foi a chegada do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), que não faz parte da comissão e não estava na lista dos integrantes da visita.

A confusão começou quando Bolsonaro forçou a passagem, no portão do quartel, e chegou a dar um soco na barriga do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que tentava impedir a entrada do deputado federal. Representantes de movimentos como o Tortura Nunca Mais e o Levante Popular da Juventude exigiram, aos gritos, a saída de Bolsonaro, que conseguiu entrar.

A comitiva, no entanto, recusou-se a fazer a visita na presença de Bolsonaro, que acabou não participando, mas ficou no quartel até o fim. “Vim porque sou parlamentar e tenho o direito de participar se quiser. Vim acompanhar”, alegou o deputado. “Tortura é uma arma de guerra. Pratica-se no mundo inteiro. Deve ter havido um tratamento mais enérgico aqui sim e mereciam se houve, porque queriam impor aqui o socialismo”, argumentou Bolsonaro.

O senador Randolfe disse que não vai prestar queixa contra Bolsonaro. “Ele quer protagonismo e não vamos dar esse protagonismo a ele. Ele nos agrediu na entrada covardemente, mas não cumpriu o seu objetivo que era impedir essa visita”, disse.
Além de Randolfe Rodrigues, acompanharam a visita da comissão o senador João Capiberibe (PSB-AP), que foi torturado nas dependências do batalhão durante a ditadura, e as deputadas federais Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Luiza Erundina (PSB-SP).


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