A deputada estadual Graça Pimenta será a terceira parlamentar a deixar o PR da Bahia após a entrada dos republicanos na base do governo. Ela já entrou com o pedido de desfiliação utilizando o mesmo argumento que Elmar Nascimento e Sandro Régis. Para sustentar o seu direito de manter-se na oposição, a ex-primeira dama de Feira de Santana contratou o advogado eleitoral Ademir Ismerin.
A reportagem do Bocão News teve acesso ao pedido de desfiliação, mas não conseguiu entrar em contato com o especialista em Direito Eleitoral. O argumento principal do pedido é o de que a feirense foi eleita pelos votantes como força a se opor ao governo Jaques Wagner, mas que o partido, que oficialmente era do bloco de oposição, repentinamente aderiu à base. E não convocou Graça para debater o fato.
A deputada argumenta, portanto, que a política como um conjunto de práticas morais a autoriza a deixar o partido de forma que não concorda mais com os posicionamentos oficiais da legenda. Entretanto, ao sustentar os seus próprios, tem direito de ir a outro que se alinhe melhor com sua condição, sendo amparada pela lei eleitoral.
Embora utiliza os mesmos argumentos dos colegas que estão de saída, o caminho de Graça deve ser diferente de seus ex-correligionários. Enquanto Elmar Nascimento e Sandro Régis têm lugar assegurado no DEM, a parlamentar deverá ir a outro partido.
Isto porque seu marido, o ex-prefeito de Feira Tarcízio Pimenta, já esteve no DEM quando foi gestor na cidade e deixou o partido de maneira bastante tensa. Ele disputou as últimas eleições pelo PDT, mas está em um período em que pode terminar também fora do partido do presidente da AL, Marcelo Nilo. Como deseja ser opositora, Graça não deve ser uma nova pedetista.
Publicada no dia 24 de setembro de 2013, às 15h26
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