Política

Tarcízio Pimenta segue mulher e também deixa partido

Imagem Tarcízio Pimenta segue mulher e também deixa partido
Informações cravam que ex-gestor de Feira deixará o PDT na próxima semana  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 25/09/2013, às 12h28   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)


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O ex-casal oficial de Feira de Santana segue bem matrimonialmente e também em termos políticos. Juntamente com a mulher, a deputada estadual Graça Pimenta (PR), o ex-prefeito da Princesa do Sertão, Tarcízio Pimenta, também estaria de partida do seu partido, o PDT. Juntos, os dois deverão adentrar em uma nova sigla, a qual ainda é desconhecida.
A data inclusive já estaria marcada: no início da semana que vem. Para isto, o político deve apenas acertar seus ponteiros com os pedetistas e apresentar o pedido de desfiliação. Atualmente, Pimenta não ocupa nenhum cargo eletivo e, nas últimas eleições, concorreu à reeleição pelo PDT. Recebeu menos votos que o candidato do PSOL.
O presidente estadual do partido, Alexandre Brust, declarou ao Bocão News que não sabe de nenhuma movimentação atual de Tarcízio Pimenta para deixar a legenda. Surpreso, Brust disse que a última vez que falou com o ex-prefeito foi na semana passada e que o tom da conversa foi ameno e ficou uma promessa de encontro.
“Ele me disse que viria a Salvador e que iríamos nos encontrar para tomar um cafezinho”, revelou Brust. “Ele não veio. Não sei o que está acontecendo. Da última vez, parecia que estava tudo bem”. Já o próprio Tarcízio Pimenta foi mais específico e, atendendo a reportagem, abriu o coração ao falar de política, PDT e decepções.
Apesar de não cravar nem que fica nem que sai do partido, revelou que atualmente este detalhe é o que menos importa. Após perder as eleições no ano passado, Pimenta voltou a ser médico e, segundo ele, atualmente a atividade consome quase 100% do seu tempo, de forma que não há muito entusiasmo em retomar a vida pública.
Além da falta de tempo e ânimo, o ex-prefeito revelou que também tem grandes mágoas e decepções recentes que o fazem repensar as possibilidades de voltar a militar politicamente. Ele lista “apoios do poder” que desapareceram e até mesmo amigos que fez na política que, no momento em que estava por baixo, não lhe estenderam a mão. Sobrou até para Brust, que não se esforçou para evitar o que Pimenta considerou como o pior momento no partido.
“A minha maior mágoa com o PDT – Brust até sabe disso, porque eu já disse a ele – foi quando, depois que eu fui derrotado, eu ter sido comunicado por e-mail sobre a minha destituição da presidência do diretório municipal para que João Durval assumisse em troca de uma votação nacional do partido. Foi uma descortesia. Quando o companheiro está por baixo, devemos fazer de tudo para levantá-lo, e não ajudar a jogar no buraco. Então, se a política é a arte de engolir sapos, eu estou com este entalado na garganta até hoje”, desabafou.

Publicada no dia 24 de setembro de 2013, às 20h21

Classificação Indicativa: Livre

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