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Eleição do PT: Pinheiro e Pelegrino já se articulam para eleições de 2014 e 16

Imagem Eleição do PT: Pinheiro e Pelegrino já se articulam para eleições de 2014 e 16
De acordo com fontes internas da sigla, políticos querem derrubar Rui Costa  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 26/09/2013, às 11h49   Juliana Costa (Twitter: @julianafrcosta)


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Depois de brigarem por espaço no PT de Salvador, desta vez o senador Walter Pinheiro e o deputado federal Nelson Pelegrino se juntam pelo mesmo ideal: disputarem as eleições em 2014 e 2016. As articulações para se candidatarem ao governo do estado e a prefeitura de Salvador começam já no Processo de Eleição Direta (PED) do partido. Apesar de negar que a eleição do PT municipal esteja condicionada às eleições estaduais da sigla, fontes internas garantem que os dois se articulam para derrubar o candidato preferido do governador Jaques Wagner, Rui Costa.

Em nota enviada pela assessoria de Pelegrino, na tarde desta quarta-feira (25), o deputado deixa clara a vontade em participar do pleito. “Tenho uma paixão por Salvador, sonho um dia governá-la e fazer o melhor por ela. Mas não há nenhuma decisão em relação à 2016, além do que está muito longe. São três anos à frente. É cedo para qualquer definição neste sentido, mas também acho que não posso ser excluído dessa possibilidade. Um candidato que teve na eleição passada 46,5% dos votos válidos, que é a melhor performance do partido em todas as disputas já existentes em Salvador deve ser considerado, mas tem muita água pra rolar”.

Após tentativa de compor uma chapa entre Marta Rodrigues e Paulo Teixeira, o que tiraria Edízio Nunes do pleito, Pelegrino então resolveu se juntar a Pinheiro. Para unir forças, os dois lançaram as candidaturas de Marta Rodrigues – apoiada por Pelegrino – e Edson Valadares – candidato do senador – em esquema de rodízio (2 anos de cada). A proposta é a mesma da dupla principal na disputa: Paulo Teixeira, candidato do deputado estadual J. Carlos, e Edízio Nunes, que irão compartilhar o mandato até 2016.

Já no âmbito estadual, o senador já declarou apoio à Everaldo Anunciação, e Pelegrino tende a se posicionar a favor do jornalista Ernesto Marques. Em texto publicado em uma rede social na noite desta quarta-feira (25), Marques declara, mais uma vez, o apoio à Marta Rodrigues, o que coloca no colo do parlamentar a “troca de apoios”. “Tão natural quanto a Lei de Newton, o apoio da EDP à nossa candidatura a presidente estadual do PT deixaria a chapa PARTIDO MAIS FORTE ainda mais parecida com o campo que constituímos no começo do ano para tratar do PED e das eleições de 2014. Pelegrino e Marta, assim como toda a EDP, estavam conosco no campo PT MAIS FORTE até a hora de decidir entre candidatura e chapa próprias e a adesão ao ‘chapão’”.

Após o novo acordo, o apoio de Pinheiro a Everaldo foi colocado em cheque e chegou a cogitar-se a possibilidade de uma nova aliança com a chapa estadual “Partido Mais Forte”. Mas, ainda nesta quarta-feira (25), o candidato da Democracia Socialista (DS) em Salvador, Edson Valadares, encaminhou nota recuando o apoio. “Para os mais afoitos em fomentar um racha partidário e exacerbar as discussões acerca da disputa eleitoral de 2014, quero lembrar que colocamos nossa candidatura em âmbito municipal. Os rumos da campanha para a sucessão estadual são responsabilidade do Diretório Estadual juntamente com o Governador do Estado. Essa distinção de papéis é clara e o conjunto da corrente Democracia Socialista (DS) já declarou apoio a Everaldo Anunciação para presidente do PT na Bahia”.

Com a nova estratégia de Pelegrino, ele se afasta ainda mais de Rui Costa e de outro pré-candidato ao governo do estado, José Sérgio Gabrielli, e condiciona o apoio da EDP ao candidato da DS, Walter Pinheiro. Pelegrino defende que o candidato a governador deve aliar três características: viabilidade eleitoral, unificar as tendências do partido e unificar os partidos da base. “Esses elementos são indispensáveis para dar musculatura necessária que a campanha exige. Também reconheço a liderança do governador Jaques Wagner e é natural que ele conduza a sucessão dele, ouvindo o partido, a base aliada. Jamais vamos impor nada a Wagner, assim como tenho certeza que ele jamais irá impor nada ao PT”, completa Pelegrino.

Até o fim da semana, quando serão oficialmente lançados os nomes dos candidatos, a discussão ainda será longa. Hoje, aliados de Paulo Teixeira e Edízio Nunes se reúnem e na sexta-feira (27), o grupo de Marta Rodrigues deve definir o apoio ao candidato à presidência da sigla no estado.


Nota originalmente postada às 20h do dia 25

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