O vereador Euvaldo Jorge (PP) continuou seu perfil “henriquista” e foi um dos 10 edis a votar pela rejeição do parecer do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e tentar salvar as contas do ex-prefeito João Henrique (PSL). Como anteriormente 25 vereadores haviam dado seu perdão a João, Jorge acredita que o advento do voto aberto para julgamento de contas “assustou” os colegas que poderiam apoiar o ex-gestor.
“Claro que assustou. Se você manteve antes, por que agora votou contra se as contas de 2011 foram melhores que as de 2010? Então é isso mesmo, cada um vota com a sua consciência e quem vier me perguntar eu vou explicar qual a minha posição”, reclamou Jorge. Ele, porém, evitou condenar os 15 “traidores” dizendo que cada um vota com sua consciência e que não lhe cabe o julgamento sobre a manutenção da palavra de cada vereador.
O edil, que já foi secretário de transportes de JH, disse que não é um “mau caráter” e que o voto pela não-condenação do ex-prefeito ocorre diante de um senso de fidelidade devido aos anos de trabalho na gestão. “Imagine que você trabalha sete anos e meio como secretário no governo João Henrique. Eu vou votar contra ou a favor do prefeito que eu trabalhei sete anos e meio. Então eu acompanhei a gestão, toda a gestão”.
Para Euvaldo Jorge, o grande problema da administração de João Henrique não foi nem de gestão em político, mas sim financeiro. Ele considera que o gestor foi vítima da situação financeira de crise, que também arrebatou a capital e, segundo Jorge, o relatório do presidente da Comissão de Finanças, Cláudio Tinoco (DEM) acusou este problema, o que o fez aprovar com ressalvas as contas julgadas pela Câmara e assim também o fez no demonstrativo das de 2010.
Nota originalmente postada às 19h do dia 30
