Política

Dia 'D' para Marina Silva

Publicado em 03/10/2013, às 08h03   Cíntia Kelly e agêncai Folha



Hoje é dia de muita expectativa para  a ex-senadora Marina Silva. O Tribunal Superior Eleitoral  (TSE) decide em julgamento à noite se aprova a criação da legenda Rede Sustentabilidade. Desde fevereiro, a ex-ministra do meio ambiente começou a montar a agremiação. Na Bahia, quem está à frente da Rede é Rose Bassuma. 
Para que um partido seja criado, a Lei Eleitoral exige, no mínimo, 492 mil assinaturas de apoio. A relatora do processo é a ministra Laurita Vaz. Em levantamento feio pelo jornal Folha de S. Paulo, cinco dos sete ministros do TSE tendem a não aprovar a legenda caso a Rede tenha obtido apoio inferior ao que é exigido.
Na contramão das expectativas em relação ao julgamento, Rose Bassuma, à frente da coleta de assinaturas na Bahia, é otimista. “Hoje é um dia para entrar para a história do Brasil. É um partido diferente, ligado às causas sociais”, cravou. 
Por enquanto, porém, a Rede conseguiu apenas 442,5 mil nomes válidos. Segundo Rose, houve inúmeros equívocos por parte dos cartórios. Ela cita o exemplo de Ítalo Argolo, também à frente da Rede no Estado, que teve a assinatura invalidada. 
Rose, que também foi do PV, não deixou de alfinetar os dois novos partidos – Pros e Solidariedade – que conseguiram com facilidade assinaturas suficientes para a serem criados. “A gente sabe que o Pros veio para apoiar o governo da presidente Dilma. A Rede não se propõe a isso. Ao contrário. É um projeto diferenciado de tudo o que tem aí”.
 O principal argumento do partido é o de que o TSE deve validar um lote de 98 mil assinaturas que, após checagem, foi rejeitado pelos cartórios sem que eles divulgassem o motivo da recusa.
Entre os ministros ouvidos pela Folha, pelo menos dois disseram, reservadamente, que uma eventual rejeição ao processo de criação da Rede seria injusta, já que o partido "tem mais legitimidade" que os recém-aprovados pelo tribunal -Pros e Solidariedade.
Ontem, Marina divulgou um vídeo, na internet, em que pede ao TSE que "corrija o erro cometido pelos cartórios" e permita a criação da Rede.

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