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Marina não agrega e nem causa reviravolta no PSB, afirma Wagner

Imagem Marina não agrega e nem causa reviravolta no PSB, afirma Wagner
Governado diz que ainda não desistiu de demover Eduardo Campos de lançar candidatura  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 06/10/2013, às 12h31   Lucas Esteves (Twitter: @bocaonews)



Após saber que a ex-senadora Marina Silva se uniu ao governador pernambucano Eduardo Campos e se filiou ao PSB, o governador Jaques Wagner avaliou a situação e disse que não vê nenhuma reviravolta na decisão da acreana. Mais do que isto, por desejar ser a vanguarda de um novo partido e se submeter a ser candidata a vice-presidente do projeto de Campos, o petista declarou ainda que sua presença na chapa do ano que vem não traz nenhuma agregação de poder político a Campos, que não herdaria imediatamente votos da Rede.
“Quem tinha os votos na pesquisa – pelo menos na pesquisa de hoje - era ela. Eu imaginei que ela ia então assumir a cabeça de chapa. Estou falando do ponto de vista da lógica: se ela é vice, quem vai continuar sendo candidato nas pesquisas é Eduardo. Então no que isto vai agregar? É difícil fazer a avaliação, mas na minha opinião, quando li a ida dela, pensei que era para a cabeça de chapa, porque sim aí sim parecia não uma reviravolta, mas adensava a candidatura do PSB”, revelou.
Para justificar o pensamento, o governador baiano citou a tradição política nacional. Ele lembrou que normalmente o eleitor brasileiro não vota no vice, mas sim no nome que é a “cabeça” da chapa. Além disto, o discurso se esvazia e, na opinião de Wagner, quem se dizia ser alternativo não pode mais usar esta alcunha. Mesmo assim, ressaltou que ainda é cedo para análises mais profundas dada a distância do período eleitoral.
Jaques Wagner também revelou que entende que se a candidatura de Eduardo Campos se definir, é provável que a senador a aliada Lídice da Mata (PSB) também decida sua postulação ao Palácio de Ondina, mas afasta que o fato da filiação de Marina Silva seja um fato definidor de rumos neste sentido, exatamente pelo nome do vice estar virtualmente “escondido”.
Apesar de todo o desenho eleitoral praticamente terminado, o governador garante que ainda não parou de tentar convencer Eduardo Campos a ser candidato a presidente. No entendimento do governador, o melhor caminho para o PSB nacional é se manter na base de Dilma Rousseff, mas as conversas travadas entre os dois chefes de Executivo estaduais não chegaram a um acordo. “Eu não parei de tentar. Se ele me der uma chance eu ainda vou tentar convencê-lo.”

Publicada no dia 05 de outubro de 2013, às 17h59

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