Política

PT: um partido rachado na Câmara de Salvador

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Henrique Carballal articulou para votação do projeto do ISS do metrô ser adiada  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 11/10/2013, às 07h26   Cíntia Kelly (Twitter: @cintiakelly_)



Na teoria eles são sete na Câmara Municipal de Salvador. Na prática, entre três e quatro. A bancada do PT está rachada. De um lado, os que fecham com o governo do Estado e, normalmente, votam contra o municipal - Gilmar Santiago, Arnando Lessa, Waldir Pires. Do outro,  não se sabe ao certo. Ontem, isso ficou evidente quando o projeto, de interesse das duas esferas, que prevê isenção do Imposto Sobre Serviço (ISS) para  construção e gestão do metrô deveria ter sido votado, mas não foi. 

Em parte por causa dos governistas que se retiraram do plenário. Em outro pela articulação feita pelo petista Henrique Carballal. Em reunião durante a sessão de ontem, ocorrida na sala do vereador Alfredo Mangueira – sem a presença dele –, ficou decidido que não haveria votação. Há quem diga que Carballal foi o articulador. Ele nega. Diz que havia resistência por parte de alguns colegas, portanto o projeto não devia ser votado sem que houvesse maior discussão. É bom lembrar que a matéria está na Câmara desde o mês de maio. 

Os bastidores revelam outra história. O petista não esconde sua ligação com o ramo de transporte, que não tem interesse em ver o metrô, finalmente, funcionando. Essa relação já foi evidenciada e fartamente publicada na imprensa, inclusive com trocas de acusações entre os petistas. No ano passado, o hoje líder da bancada de oposição e colega de partido, Gilmar Santiago, chegou a afirmar que Carballal era presidente de um partidos chamado Seteps.

Em reunião na semana passada entre os vereadores e os secretários estaduais Rui Costa (Casa Civil) e Cícero Monteiro (Desenvolvimento Urbano), que pediam agilidade sobre o projeto de isenção do ISS do metrô, Carballal resolveu reclamar do governo. Disse que há tempos vem pedindo uma obra numa igreja na Baixa de Quintas. Deu a entender que poderia se rebelar, já que não via seus pleitos serem atendidos.

Publicada no dia 10 de outubri de 2013, às 11h45

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