Política

Após reeleição tranquila, Wagner enfrenta desgaste

Divulgação
Com problemas financeiros, governador vive 'síndrome do 2º mandato'   |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 14/10/2013, às 08h08   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Matéria da Folha de S. Paulo deste domingo traz um dado nada alentador ao governador Jaques Wagner. Após reeleição tranquila, o mandatário estadual enfrenta desgaste e vive a chamda 'síndrome do segundo mandato'. Em dezembro de 2010 a aprovação do governo petista era de 60%, menos de três  anos depois, em junho deste ano, esse percentual caiu para 28%.

A greves dos professores e da  Polícia Militar, ambas no ano passado, refletiram diretamente no desgaste do governo. Outra contribuição está diretamente relacionada às dificuldades financeiras. Desde de 2011, R$ 2 bilhões  de orçamento  foram congelados. Os investimentos foram reduzidos de  6,4% para 1,6%. “Optamos por uma gestão austera porque sabíamos que o déficit previdenciário iria se acumular”, disse o secretário da Fazenda, Maneol Vitório.

O déficit pressiona a folha de pagamento, e os gastos com pessoal vêm estourando o limite legal ao menos desse 2011 – estavam em 50,7% da receita em abril deste ano, quando o patamar  máximo é 49%.

A oposição na Assembleia Legislativa não perdeu tempo e tenta colar em Wagner o rótulo de mau gestor. “Houve inchaço da máquina e o governo gasta mal”, afirma o líder da oposição, Elmar Nascimento (DEM). O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Pedro Lino, que sempre vota pela reprovação das contas do governo, comunga da mesma opinião de Elmar. "A receita tem subido, mas a capacidade de investimento é muito reduzida”. 

O caixa apertado  acaba influenciando a relação com o funcionalismo – 115 dias de greve dos professores e 12 dos policiais militares em 2012 causaram ônus político a Wagner. “Com mais dificuldade de responder demandas do setor público, o governo optou por endurecer nas negociações desde o começo, e essas greves acabaram tendo repercussão muito negativa”, afirma o cientistas politico  Jorge Almeida, da Universidade Federal da Bahia.


Publicada no dia 13 de outubro de 2013, às 16h20

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp