No último fim semana, o ex-deputado federal Luiz Bassuma se reuniu com um grupo de correligionários para discutir sua saída do Partido Verde. Bassuma, que disputou o governo do estado na última eleição, já havia demonstrado descontentamento com o comando da legenda na Bahia.
“A gestão do partido é feita sem democracia e sem transparência. O PV tem uma imagem externa muito boa, mas precisa amadurecer. Parece até que os dirigentes, os poucos que tem voz ativa, querem que o partido seja sempre tratado de uma forma menor. Nós, comuns mortais, não temos nenhuma influência. E olha que tive mais de 115 mil votos em Salvador, o que representa 9% dos eleitores da capital”, destaca.
Entretanto, o estopim para a ruptura pode ser a filiação do prefeito
João Henrique, que voltou a ser negociada, mas, desta vez, com a
executiva nacional do PV. “Estamos acompanhando tudo isso com atenção. Estamos assistindo essa movimentação com bastante desgosto. A forma de entrada não é a correta. Além disso, o pior é que ele representa tudo aquilo que é contrário as bandeiras defendidas pela legenda. Com certeza, esse tipo de acordo não tem nenhuma vinculação com os interesses sociais”, desabafa Bassuma com certo desgosto.
Mesmo sem nenhuma meta pré-estabelecida, Luiz Bassuma garante que não vai se afastar da política. “Minha vontade era sair, mas acho que não tenho mais esse direito. Não tenho nenhuma perspectiva de partido e nem sei quando vou disputar nova eleição. Mas, não posso desistir de dar esperanças as pessoas que ainda acreditam que pode haver ética na vida pública. Enquanto estiver vivo, não posso abrir mão dessa missão”.
