Política

Quem decide o candidato é o partido, defende Everaldo Anunciação

Imagem Quem decide o candidato é o partido, defende Everaldo Anunciação
Perto de ser eleitor presidente estadual do PT, secretário de organização acredita no consenso progressivo para escolha   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 11/11/2013, às 08h01   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)



A apuração de votos do Processo de Eleição Direta (PED) do Partido dos Trabalhadores tem início no final da tarde deste domingo (10). Com o quadro praticamente definido, mesmo antes da abertura das urnas, o atual secretário de organização Everaldo Anunciação vai suceder Jonas Paulo no comando do diretório estadual na Bahia.

Anunciação chegou a Salvador por volta das 12h de hoje após votar em Ilhéus, cidade onde milita e tem familiares também filiados ao PT. Em conversa com a reportagem do Bocão News, o futuro presidente estadual deixou claro que acredita na lisura do processo que, segundo ele, foi feito de forma democrática e transparente.

“O PED deste ano traz a questão da paridade de gênero e as cotas para juventude e racial. Isto vai traçar um novo perfil de dirigente no PT. Considero esta uma medida positiva. Nós temos um novo pleito. Acho que a centralização da organização no Diretório Nacional não ajudou. A Descentralização facilitaria a participação. Óbvio que foram geradas algumas insatisfações. A vida, a militância do PT gosta de participar e deve participar”.

Sobre as críticas de seu principal adversário, o jornalista Ernesto Marques, Anunciação afirma que as reclamações são naturais, mas não são legítimas. “Acho que houve um pouco de exageros. Mas isto não vai manchar de maneira nenhuma esta eleição. Temos um desafio grande de ampliar a capacidade de oxigenar o partido e ajustá-lo para a nova realidade que vem de antes de junto”.

A confirmação do resultado deve sair apenas na próxima terça-feira (12), contudo, o provável novo presidente traça como desafio a necessidade de horizontalizar as relações do partido com os outros seguimentos da sociedade. No entendimento de Anunciação, o PT precisa encerrar este período de verticalização, de “o PT falar apenas para petistas” e ampliar as discussões.
“Não obrigatoriamente tem que trazer os movimentos sociais para dentro do partido, mas desenvolver uma cumplicidade com o nosso projeto. Eu acho que este é o desafio que está posto para o novo presidente do PT. Fortalecer a organização, mas, sobretudo, ter um olhar mais horizontal”.

Sucessão estadual

A data estipulada para o partido, em tese, tomar uma decisão é o dia 30 novembro. Everaldo Anunciação sabe o peso da opinião de Jaques Wagner, mas não titubeou ao responder sobre o papel do diretório estadual na escolha do candidato petista: O partido é que escolhe o candidato. É lógico que a liderança do governador Jaques Wagner, por ser do PT, tem um peso. Isto é uma regra em qualquer lugar do mundo, mas será o partido que vai dizer. O partido já manifestou o método que consiste em escutar as lideranças, mas construir a unidade.

Embora não acredita na possibilidade de bate-chapa, Anunciação reconhece a existência, no entanto, assim como outros dirigentes petistas, não trabalha com esta hipótese. “Nós temos um instrumento democrático que é a prévia, mas ela já trouxe resultados positivos e negativos. Então, a maturidade dos quatro pré-candidatos e da direção de buscar o nome através do consenso progressivo vai colaborar para a construção da legitimidade no pleito pela direção do governo da Bahia”.

Publicada no dia 10 de novembro de 2013, às 16h54


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