Na condição de líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Zé Neto compareceu ao programa “Se Liga Bocão” na Itapoan FM e defendeu o partido, o projeto e as gestões do PT na Bahia e Brasil. E teve trabalho para fazer sua tarefa, uma vez que muitos ouvintes – alguns agressivamente e outros em tom conciliador – lhe expuseram um caminhão de queixas.
Entre os problemas relatados estiveram as alianças do partido, a governabilidade, professores e policiais estaduais, saúde, educação, segurança pública, corrupção, Mensalão, fogo amigo e até mesmo Neylton da Silveira. O deputado falou sobre quase todos os temas e, diante de tantos ataques e cobranças, ressaltou que da próxima vez terá de aparecer no programa “de colete”.
As críticas mais ásperas chegaram a irritar o parlamentar, que rejeitou o tratamento dado ao partido atualmente e argumentou que os petistas foram responsáveis por grandes revoluções no brasil nos últimos 10 anos. Além disto, não negou que possa haver “maças podres” na legenda, mas que o todo do grupo não poder ser condenado por isto.
“Pode ter algum erro na nossa historia, mas, por exemplo, o papa Francisco assumiu e descobriu padres com situações absurdas. Ele afastou alguns, mas isto significa dizer que o Vaticano não presta? Que tem alguém da imprensa agiu errado e, então, Bocão está no meio? Então tem que acabar com a uniformização. O PT é construído por seres humanos e é passível de ter erros, mas no conjunto da obra, o meu partido é o arquiteto da maior transformação social da historia do Brasil”, apelou.
Para provar que o partido lega, por exemplo, uma Bahia melhor do que encontrou, o petista desafiou qualquer adversário a provar que a gestão Wagner não tem volumosas realizações em todos os âmbitos do governo. Muitas destas, segundo ele, estão relacionadas ao aumento do padrão de vida da população, mudança de paradigmas políticos e conquistas de categorias de servidores, notadamente as dos PMs e professores.
Sobre o Mensalão, o deputado disse falar como advogado e disse que, contrariando a tradição jurídica nacional, na dúvida dos fatos os réus foram condenados. “Não existe nenhum fato, nenhuma prova de nada. Falam, falam, mas não tem nenhuma fala, nenhuma vírgula de evidência. Quem foi condenado foi condenado previamente”. Um destes, segundo Neto, é o ex-deputado Jose Genoíno, classificado pelo parlamentar como uma pessoa do bem e que tem como bens unicamente uma casa de tamanho médio.
Nota originalmente postada às 19h do dia 11
