Política

PED/PT: Sereno, mas não menos afiado, Marques aceita derrota

Juarez Matias
Jornalista critica postura de Jonas paulo ante possível candidatura de Jorge Solla ao governo  |   Bnews - Divulgação Juarez Matias

Publicado em 13/11/2013, às 07h52   Cíntia Kelly (Twitter: @cintiakelly_)


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Sou o derrotado mais vitorioso. Com essas palavras o jornalista e candidato a presidente do PT baiano, Ernesto Marques, demonstrou serenidade ao reconhecer a vitória de Everaldo Anunciação no Processo de Eleição Direta (PED), que ocorreu no último domingo. “Por vários motivos sou vitorioso. Um deles, por não ter sucumbido à estratégia para compor o chapão e não apresentar candidatura”, assinalou em conversa com Bocão News.  

Se tomar como base alguns dados, Marques é de fato vitorioso. Segundo lugar no PED, com cerca de 20% dos votos, o jornalista enfrentou a máquina petista. Dos 10 deputados federais, teve o apoio apenas de Geraldo Simões, e isso já na reta final do processo. Dos 14 estaduais, contou com o apoio de Marcelino Galo. Dos prefeitos, Edson de Jitaúna, e Guilherme Menezes, de Vitória da Conquista.

Uma das plataformas de Ernesto Marques era a participação não proforma, mas real, da militância no processo. Para ele, é sintomático que dos 93 mil filiados ao PT, apenas 30 mil tenham comparecido às urnas durante o PED nos 417 municípios baianos. Em Salvador, dos 4.500 aptos a votar, 1.700 o fizeram.

Rusgas entre Marques e Jonas Paulo

Durante todo o processo do PED e bem antes dele, Ernesto Marques e o ex-presidente do PT baiano, Jonas Paulo, costumavam entrar em atrito e as rusgas erama companhadas pela imprensa. As opiniões e posições divergentes não pararam com o fim do processo eleitoral. Hoje, ao Bocão, Marques rebateu a posição de Jonas ante a possível candidatura de Jorge Solla ao governo do Estado.

Segundo Jonas, a candidatura do titular da Saúde não existe. “Time que vai disputar não se inscreve na semifinal, mas sim no início do campeonato”, asseverou Jonas. Marques rebate: “Não é ele que tem que descartar a candidatura de Solla”. Segundo Ernesto, o secretário de Saúde tem estatura para pleitear o governo do Estado. “Nos últimos anos, dos dez hospitais construídos na Bahia, cinco foram por meio do trabalho de Solla. Ele tem um nome respeitado e a sua disposição para concorrer ao governo deve ser respeitada”. 


Publicada no dia 12 de novembro de 2013, às 12h34

Classificação Indicativa: Livre

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